O volume de chuvas registrado em Mairinque em 2025 está significativamente abaixo da média, segundo dados da Saneaqua, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto no município.
De janeiro a agosto, o acumulado pluviométrico foi de 405,6 milímetros, número 39,46% menor em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 670 milímetros.
Situação dos mananciais e poços
A Saneaqua monitora diariamente o comportamento hídrico dos mananciais Fiscal e Carvalhal, além dos 18 poços subterrâneos que complementam o abastecimento da cidade:
- Manancial Fiscal: nível atual de 1,72 metro, acima do mínimo operacional de 0,6 m.
- Manancial Carvalhal: nível de 1,8 metro, superior ao mínimo exigido de 1,2 m.
- Poços subterrâneos: permanecem com nível médio de 30 metros, sendo o limite máximo para captação de 60 m.
Apesar de as condições estarem regulares, a empresa ressalta que a combinação de menos chuva e altas temperaturas exige atenção especial ao consumo de água.
Orientação ao consumo consciente
De acordo com Artur Pereira Sanches, responsável pela área de operações da Saneaqua, o cenário de menor volume de chuvas impacta diretamente os mananciais de captação:
“O momento é de alerta. Precisamos fazer o bom uso da água e rever hábitos de consumo para evitar uma situação de racionamento”, destaca.
Entre as medidas práticas para economizar água, a empresa sugere:
- Usar a máquina de lavar apenas na capacidade adequada;
- Reaproveitar a água do tanque para limpeza de quintais e varandas;
- Utilizar balde em vez de mangueira para lavar calçadas e carros;
- Molhar plantas com regador, preferencialmente de manhã cedo ou à noite;
- Fechar a torneira ao escovar os dentes ou ensaboar a louça;
- Reduzir o tempo de banho.
Investimentos no sistema de abastecimento
Além do monitoramento climático e dos mananciais, a Saneaqua também destaca melhorias recentes no sistema:
- Ampliação da capacidade de captação nos bairros Dona Catarina e Moreiras;
- Troca de redes e combate a vazamentos;
- Redução das perdas de água para 27%, menor índice desde o início da concessão em 2010, quando era de 56%.