O comandante-geral da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo, Eliazer Rodella, foi afastado temporariamente do cargo após denúncias de agressão feitas por duas ex-companheiras e pela própria filha. A decisão foi tomada pelo prefeito Ricardo Nunes, após a veiculação de uma reportagem do SBT revelando os relatos de violência doméstica.

De acordo com o conteúdo exibido, Gabrielle Moranggo, filha do comandante, afirmou ter presenciado episódios de agressão contra sua madrasta, Samara Rocha, grávida de oito meses na época, e também contra sua mãe, Iranair Gomes da Silva. A jovem relata ter vivido cenas de terror desde os três anos de idade, com memórias marcadas por gritos, pancadas e ameaças.
Samara Rocha detalhou agressões recorrentes, descritas como “sessões de tortura”, envolvendo socos, pauladas, uso de cinto com fivela e até objetos com pregos. Ela contou ainda que chegou a ser impedida de dormir na cama e, ao cochilar no chão, era acordada com baldes de água fria.
Iranair, primeira esposa de Eliazer, afirmou ter vivido anos de sofrimento, chegando a passar fome com a filha por falta de recursos básicos. A relação terminou décadas atrás, mas as marcas psicológicas permanecem.
As denúncias, reforçadas por testemunhos consistentes, colocam sob escrutínio a trajetória do comandante, nomeado ao posto mais alto da corporação em janeiro deste ano. Enquanto a apuração dos fatos segue em curso, a Prefeitura de São Paulo optou por afastá-lo preventivamente da função.
Com informações do SBT News.