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O IBOV é a pior Bolsa do mundo.
Sim, caro leitor, o índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa, tem a audácia de cair -13% em dólares. A Bloomberg, sempre generosa, nos classifica acima apenas de algumas “potências econômicas” como Líbano, Nigéria e Egito.
Mas qual é a razão por trás dessa façanha? Risco fiscal, claro. Nosso amado governo resolveu descomplicar nossa vida jogando fora as metas fiscais até 2028. O resultado? Juros mais altos, dólar nas alturas e a Bolsa lá embaixo.
Como escrevi semana passada, nunca foi tão fácil abrir uma conta global e investir nos EUA e a decisão parece simples. Mas por motivos diferentes.
A Bolsa brasileira está negociando perto do menor múltiplo da história. Em outras palavras, o mercado está gritando que uma crise fiscal pode estar a caminho. Faz sentido? Com certeza. Há muita coisa barata na nossa Bolsa. Vale a pena comprar o que está com múltiplos super baixos e lucro subindo.
Por outro lado, a média das ações do SPX americano negocia a múltiplos super altos e sem muita capacidade de crescimento. Ainda assim, há excelentes empresas lá. Empresas com lucros crescentes e múltiplos razoáveis.
Não sei se haverá uma crise no Brasil ou se os EUA estão caros. Ninguém sabe. Mas a beleza do investimento é que você não precisa saber. Tenha um pé no Brasil barato e outro em empresas dolarizadas nos EUA.
Se houver uma crise no Brasil, você aproveita para trazer o dinheiro e comprar ações aqui. Se os EUA estiverem caros e o mercado lá cair, você compra mais ações lá.
O segredo é escolher ótimas empresas em ambos os mercados. No Brasil, opte por empresas a 10x lucros e lucro crescente. Nos EUA, busque múltiplos “decentes” e negócios com crescimento forte.
Quanto investir em cada mercado? Depende do preço e da visibilidade de crescimento da empresa. Afinal, investir é uma arte e, como tal, cada um deve pintar seu próprio quadro.
Rodrigo Boccato é publicitário desde 2003, jornalista, pós-graduando em Gestão de Investimentos e Assessor de Investimentos registrado na Comissão de Valores Mobiliários, sócio da Saron Investments | Credenciado XP
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