O Tribunal Superior de Justiça de Londres condenou, nesta sexta-feira (14), a mineradora inglesa BHP pelo rompimento da Barragem de Fundão, ocorrido em Mariana (MG). A empresa é acionista da Samarco, responsável pela estrutura que colapsou em 2015. O valor da indenização ainda não foi divulgado.

Segundo a decisão, o risco de colapso era previsível, considerando sinais claros de rejeitos saturados, comportamento contrativo do material, infiltrações e fissuras. A Justiça destacou que foi imprudente manter a elevação da barragem sem uma análise escrita adequada sobre a estabilidade do recuo e seus riscos.
O documento também menciona que um teste de estabilidade teria identificado fatores de segurança, reforçando que a decisão de continuar elevando a estrutura, nas condições apresentadas, era “inconcebível” e que o colapso poderia ter sido evitado.
Uma nova audiência está marcada para o segundo semestre de 2026, quando deverá ser definida a multa que a BHP terá de pagar.
A tragédia de Mariana completou dez anos no último dia 5 de outubro. O rompimento despejou toneladas de rejeitos, contaminou rios, atingiu municípios da região e causou a morte de 19 pessoas.
Com informações da Agência Brasil.

