O dólar encerrou esta quarta-feira (9) em forte queda, cotado a R$ 5,84, após ter disparado pela manhã e atingido a máxima de R$ 6,0961. A reviravolta no câmbio ocorreu após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuar parcialmente do chamado “tarifaço” contra mais de 180 países, reduzindo as taxas recíprocas para 10% por 90 dias — com exceção da China, que será tarifada em 125% devido a retaliações anteriores.

A notícia trouxe alívio imediato aos mercados financeiros. O Ibovespa, principal índice da B3, acompanhou o movimento e fechou em alta superior a 3%. Analistas explicam que o temor com o aumento generalizado de tarifas envolvia riscos de inflação global, queda no consumo e uma possível recessão econômica mundial.

Apesar do gesto dos EUA, a tensão comercial permanece elevada. Nesta manhã, a China anunciou novas tarifas sobre produtos americanos, elevando a alíquota para 84%. A União Europeia também reagiu, anunciando que aplicará tarifas de 25% sobre importações dos EUA a partir da próxima terça-feira (15).

O cenário evidencia a escalada da guerra comercial e sua capacidade de provocar volatilidade nos mercados e impactar diretamente a economia global. A flexibilização momentânea das tarifas pelos EUA foi vista como uma tentativa de contenção de danos, mas a instabilidade permanece no radar de investidores e governos.

Com informações do g1.