Pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) estão desenvolvendo drones equipados com sensores de gases e inteligência artificial para detectar rapidamente focos de incêndio florestal. A tecnologia visa antecipar a identificação de queimadas por meio da análise de gases como gás carbônico e metano, além de parâmetros como temperatura e umidade.

O projeto foi apresentado na Fapesp Week França e conta com apoio da Defesa Civil, da Prefeitura e da Secretaria de Meio Ambiente de São Carlos. Os drones atuam como um “nariz eletrônico”, identificando padrões de emissão que indicam incêndios em estágio inicial, permitindo uma resposta mais rápida do que o monitoramento via satélite.
Financiado pela Fapesp em parceria com a Shell, o projeto também testa o uso dos drones para monitorar gases de efeito estufa (GEE). Os testes demonstraram que a tecnologia é mais acessível e precisa do que métodos tradicionais, como aviões de pesquisa e torres de observação. Além disso, os drones permitem uma coleta volumétrica de dados, algo ainda inacessível com satélites.
Apesar da limitação atual de autonomia — cerca de 15 a 30 minutos de voo —, os pesquisadores trabalham em melhorias aerodinâmicas para ampliar o alcance e a duração das missões. Com os avanços, a expectativa é que os drones possam futuramente atuar em regiões mais extensas, como a Amazônia.