Segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), sede São Roque, em entrevista para o Jornal O Democrata, ao menos 18 escolas da região paralisaram suas atividades nesta terça-feira (03), em razão da Reforma da Previdência que foi aprovada, na mesma data, com 59 votos a favor.
Em Alumínio, 13 professores suspenderam suas aulas na Escola Estadual Honorina, enquanto em Araçariguama, pelo menos 85% dos educadores aderiram à paralisação na Escola Humberto Victorazzo.
Já em Ibiúna, na Escola Olímpia Falci Dona, 70% dos profissionais não deram aula, enquanto que as instituições Roque Bastos, Sacalamandré, Verava, Euclides Maria Borba, Frederico Marcicano, Laurinda Vieira Pinto, Lourdes Penna Carmelo e Malir Terezinha Ramalho tiveram 100% de envolvimento com a manifestação.
Em Mairinque, a Escola Altina Júlia de Oliveira contou com a paralisação de 20 professores. Nas Escolas José Pinto do Amaral e Lellis Ito foram, pelo menos, 80% dos professores que pararam o serviço.
Em São Roque todas as instituições aderiram ao movimento, sendo elas a Escola Maylasky, Epaminondas, Germano e Manley Lane.
Com a aprovação da Reforma, torna-se exigência o tempo mínimo de contribuição de 25 anos, no caso de aposentadoria voluntária, além de garantir o aumento da alíquota de contribuição de 11% para 14% e a idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 para homens na aposentadoria comum.
A APEOESP, ainda em entrevista, se mostrou insatisfeita com as propostas e ressaltou que as discussões sobre a Reforma são conduzidas de forma “anti democrática”.
As mudanças entrarão em vigor 90 dias após a aprovação do projeto pela Assembleia Legislativa em segunda votação e sua publicação.
Vale lembrar que os profissionais que já cumpriram os requisitos para se aposentar não serão atingidos.