Seleção Brasileira de Futebol Social tem técnico de São Roque e atleta de Araçariguama | Esporte

A ONG Futebol Social definiu os 16 jovens brasileiros, oito garotas e oito garotos, que representarão o Brasil na edição de 2018 da Homeless World Cup, a Copa do Mundo de Futebol Social. A competição será disputada entre os dias 13 e 18 de novembro na Cidade do México, sendo o Brasil tricampeão na chave principal (com participação aberta a ambos os gêneros) em 2010, 2013 e 2017, além de ter conquistado o título da disputa feminina, no Rio de Janeiro, em 2010. A atleta Michele Salles, que mora em Araçariguama foi convocada para representar o Brasil na competição. Além do técnico Pupo Fernandes , que é são-roquense e treina a Seleção Brasileira de Futebol Social.

As convocadas para a disputa feminina foram: Vanessa Santos (Independente FC) e Micaelly Ferreira (CAP Paranoá) de Brasília; Beatriz Guimarães e Patrícia Alves (ambas Sambaituba FC/São Vicente A.C) de Santos; Rayssa Arcoverde (Padre Miguel) e Thayane Higino e Ana Beatriz Santos (ambas Pereirão) do Rio de Janeiro; e Michele Salles (Babys Araçariguama) do interior de São Paulo.

No time masculinos estão convocados: Matheus Lopes (Jaguaré) e Daniel Lima (Garotos Bonge) de São Paulo; José Neto (Complexo do Alemão), Luis Eduardo Souza (Pereirão), e Richard Miranda (Padre Miguel) os três do Rio de Janeiro; Igor Alessandro (Bola da Vez) de Sorocaba; Ítalo Felipe Lopes (ADESF) de Santo Antônio do Descoberto em Goiás; e Cleisson Souza (União Recreativo Areal) de Brasília.

“Conseguimos definir os 16 atletas, oito no feminino e oito no masculino, levando a fundo o critério da questão social, avaliando aspectos financeiros e de moradia destes jovens. Tivemos uma pré-lista de 32 jogadores e a partir daí foi feito um questionário sócio-econômico relativos a eles e também aos membros de suas famílias. Vários itens foram analisados a respeito da moradia deles para chegarmos a uma decisão final de convocados”, conta Pupo Fernandes, treinador da seleção brasileira.
“No critério técnico eles já estavam aprovados, por terem sido chamados para a seletiva decisiva em São Roque, no fim do mês de agosto. O próximo passo será tirarem os passaportes e em seguida teremos uma data de treinamento entre fim de setembro e começo de outubro. As avaliações foram feitas de forma clara e procuramos ser justos com todos os participantes do Circuito Futebol Social 2018”, complementou Pupo.

Novo formato de seleção

Buscando sempre se reinventar, como uma forma de sobrevivência e motivação, a Ong Futebol Social, organizadora do Circuito Futebol Social, alterou o formato de seleção dos jovens na atual temporada. Assim, não foram classificadas as equipes vencedoras dos torneios da fase inicial para a etapa final, mas, sim, jovens individualmente selecionados. Cada equipe de um projeto social poderia ter no máximo dois selecionados por gênero, que se enquadrassem nos critérios definidos e eleitos após observação comportamental durante os jogos e análise social realizada pela equipe técnica, em parceria com os movimentos participantes.

Projetos representados na seletiva

Após quatro etapas na fase inicial de seleção – na Baixada Santista, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília -, 30 projetos sociais tiveram jogadores convocados para a fase final do Circuito Futebol Social. Desses, 15 do estado de São Paulo: da capital paulista, Jaguaré, Manchester de Brasilândia, 7 de Setembro, ACMD (Associação Crianças nas Mãos de Deus), Art Final – Jardim Ângela, Garotos Bongeo; Bola da Vez e Babys Araçariguama, de Sorocaba e região; e da Baixada Santista as entidades PSG Goiânia, Parceiros da Bola, Sambaituba FC, São Vicente A.C./SESPOR, Baixada 013, Só Quem é e NUMEC (Núcleo Metropolitano de Esportes e Cidadania).

Oito projetos do Rio de Janeiro e Niterói: Projeto Lorinho, Padre Miguel, Cruzeiro Padre Miguel, Cantagalo, Pereirão, Rocinha, Team Chicago Brasil e Complexo do Alemão. E outros sete do Distrito Federal e de Goiás: CAP Paranoá, Shalke 12, Independente FC, São Sebastião EC e URA (União Recreativa do Areal) (as seis do DF); e ADESF e Real Barça (ambas de Goiás).

Homeless World Cup

Organizada anualmente desde 2003, a Homeless World Cup é o torneio internacional de futebol de rua, que tem como proposta de incluir, por meio do esporte, pessoas que vivem à margem da sociedade, em situação de rua. Itália, Brasil, Áustria, Afeganistão, Chile e México são alguns dos países que já foram campeões do torneio. No Brasil, a Homeless World Cup é representada pela Ong Futebol Social.

Futebol Social: entenda as regras

No futebol social, a quadra é reduzida, tem apenas 22 metros de comprimento e 16 de largura. O time vencedor ganha três pontos no campeonato, o perdedor, zero. Em caso de empate, disputa alternada de pênaltis, com dois pontos para o vencedor e um para o time que perder. São dois tempos de sete minutos, com intervalo de um minuto. Os goleiros não podem sair da área, marcar gols, ou fazer cera. Os jogadores de linha também não estão permitidos a invadir a área dos goleiros, sob a pena de um pênalti do time adversário. O Fair Play (jogo limpo) é incentivado nos torneios e um troféu exclusivo é destinado ao time que demonstrar e jogar com o espírito genuíno do futebol.

Para os jogadores que não atuarem nesse espírito do Fair Play, penalidades: cartão azul (dois minutos) ou vermelho (expulsão do jogo) e, em último caso, exclusão do torneio. Pelo menos um jogador deve ficar no campo oposto, ou seja, três atacam e dois defendem. Uma falta será marcada contra o time que ficar totalmente em seu lado. Se um jogador recebe um cartão azul, enquanto o time estiver com jogador(es) a menos, esta regra não é válida. Da mesma maneira, esta regra não vale se um jogador recebe um cartão vermelho.

Sobre a Ong Futebol Social

Com patrocínio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Penalty, o Futebol Social promove um movimento pioneiro que conecta jovens e comunidades carentes de todo o País, tendo como objetivo principal integrar, motivar e fortalecer seus participantes. Fazem parte da rede diversos projetos sociais e movimentos comunitários atuantes em periferias, favelas, entre outros grupos e regiões socialmente excluídos. Participam jovens de 16 a 21 anos, que vivem em situação precária de moradia (ou sem moradia), sob risco social e sem condições plenas de desenvolvimento. Desde 2004, o projeto já atendeu mais de 20 mil jovens e participou de mais de 20 eventos internacionais, incluindo a Copa do Mundo de Futebol Social (Homeless World Cup).

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