A Operação Argus, deflagrada na manhã desta terça-feira (11), investiga um esquema de fraude fiscal e lavagem de dinheiro que teria causado um prejuízo superior a R$ 150 milhões aos cofres públicos. A ação foi conduzida pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL) e pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), com o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão em Sorocaba, Porto Feliz, Cerquilho, São Roque e outras cidades do estado.

Esquema de notas fiscais falsas
Segundo informações divulgadas pelo MPAL, a investigação identificou a emissão de 3.322 notas fiscais frias por empresas de fachada registradas em Alagoas. O esquema envolvia 30 pessoas físicas e 42 empresas espalhadas por diversas regiões do país.
Os mandados foram expedidos pela 17ª Vara Criminal de Maceió, após a análise dos indícios que apontam para crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
Operação mobiliza 117 agentes
A Operação Argus contou com a participação de 117 agentes públicos, incluindo auditores fiscais, procuradores, delegados, policiais civis e militares. Também participaram integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf).
Combate à concorrência desleal
As autoridades buscam não apenas desarticular a rede criminosa, mas também recuperar os valores desviados e combater a concorrência desleal no mercado.

Empresas e suspeitos sob investigação
Até o momento, os nomes das empresas e pessoas envolvidas não foram divulgados. No entanto, as autoridades seguem analisando o material apreendido para identificar todos os responsáveis pelo esquema de sonegação fiscal.
A Operação Argus continua em andamento, e novas informações poderão ser divulgadas conforme o avanço das investigações.