Testes com medicamentos anti-malária e gripe têm eficácia contra coronavírus | Geral

No Reino Unido, vem ganhando força uma petição online “Iniciar um teste imediato no Reino Unido para cloroquina como tratamento para o Covid-19” pedindo às autoridades testes com o princípio ativo de um medicamento antimalárico chamado cloroquina, que mostrou resultados promissores na China no combate de acometidos com o coronavírus.

Médicos na China e nos EUA já relataram sucesso no tratamento de pacientes com eles, mas existem poucas evidências científicas de que seria uma cura.

Um medicamento contra a gripe comum no Japão, chamado favipiravir, também acelerou a recuperação e reduziu os danos pulmonares em pacientes.

A Tailândia vem negociando com a China para comprar 120.000 doses do remédio. “Já existem 80 mil comprimidos em estoque, mas vamos comprar para manter em reserva. Se conseguirmos 200.000 comprimidos, seria suficiente para todos os pacientes com vírus” disse ao The Star, o ministro da saúde, Anutin Charnvirakul.

Cloroquina

A hidroxicloroquina ou cloroquina é usada para tratar uma variedade de doenças como malária, lúpus e artrite reumatóide e está sendo avaliada para determinar se aumenta a depuração virológica e mortalidade do COVID-19. Um estudo in vitro mostrou atividade potente da cloroquina versus o coronavírus em células humanas. os resultados mostram bloqueio da infecção viral aumentando o pH endossômico necessário para a fusão vírus / célula e interfere na glicosilação dos receptores celulares do vírus . A droga também possui atividade imunomoduladora, proposta para aumentar seu efeito antiviral.

Um estudo clínico chinês avaliando 5 doses diárias de 400 mg em adultos que desenvolveram pneumonia a partir da infecção viral está programado para terminar na segunda metade de 2020. O estudo é patrocinado pelo Centro Clínico de Saúde Pública de Xangai e não se sabe quanto tempo depois conclusão do estudo, as informações podem ser compartilhadas com outras partes interessadas.

Dado que a cloroquina já está disponível em alguns países, é fornecida em formas de dosagem oral, tem um perfil de segurança conhecido e é relativamente barata, não seria tão difícil utilizar este produto.

No entanto, é porque está tão prontamente disponível que é importante observar que, até que sejam feitas recomendações oficiais, qualquer uso de hidroxicloroquina para COVID-19 deve ocorrer apenas no cenário investigativo.

Favipiravir

O favipiravir é um antiviral já aprovado em alguns países. Os ensaios clínicos foram conduzidos em 200 pacientes em hospitais em Wuhan e Shenzhen. Os resultados mostraram que os pacientes que receberam a droga apresentaram resultado negativo em um período relativamente curto, enquanto os sintomas da pneumonia foram reduzidos.

Pacientes em uso de favipiravir apresentaram resultado negativo após uma mediana de quatro dias, em comparação com 11 dias no grupo controle, de acordo com Zhang. Não houve efeitos colaterais claros, acrescentou.

Outro ensaio clínico em Wuhan revelou que os pacientes tratados com favipiravir se recuperaram da febre em 2,5 dias em média, contra 4,2 dias em outros pacientes. Os sintomas de tosse também melhoraram em 4,6 dias – cerca de 1,4 dias antes do que aqueles que não tomaram o medicamento.

Apenas 8,2% dos pacientes que tomavam favipiravir precisavam de ajuda respiratória, enquanto 17,1% dos pacientes do grupo controle foram colocados em dispositivos.

A recepção positiva na China contrasta com as reservas sobre o Avigan no Japão, onde o medicamento obteve aprovação regulatória em 2014 com a condição de que só seria usado se o governo decidisse combater os vírus influenza novos ou reemergentes. Estudos descobriram que o medicamento pode causar mortes ou deformidades fetais e pode ser transferido no sêmen.

Outras drogas já existentes parecem mostrar eficácia contra o vírus, mas os governos parecem céticos quanto ao seu uso e liberação: Remdesivir, Umifenovir, Baloxavir, Corticosteroids, Lopinavir e Ritonavir.

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