O governo dos Estados Unidos assumirá uma participação de 10% na Intel, em um acordo que marca uma intervenção sem precedentes no setor de semicondutores. O anúncio foi feito pelo presidente Donald Trump nesta sexta-feira (22), em meio à crise da fabricante, que registrou prejuízo de US$ 18,8 bilhões em 2024 — o primeiro resultado negativo desde 1986.

A decisão representa uma mudança de rumo após Trump ter pressionado pela renúncia do CEO Lip-Bu Tan, acusado de manter vínculos considerados “altamente conflituosos” com empresas chinesas. Embora o apoio estatal possa dar fôlego à Intel em seus negócios de produção de chips sob encomenda, analistas alertam que a empresa ainda enfrenta dificuldades com um portfólio frágil e desafios para atrair clientes para suas novas fábricas.

O movimento faz parte da estratégia da Casa Branca de fortalecer a segurança nacional e reduzir a dependência externa em setores críticos, com ações semelhantes em negociações bilionárias envolvendo a Nvidia e a mineradora MP Materials.