A Espanha enfrenta um dos verões mais severos em termos de incêndios florestais nas últimas décadas, com duas novas mortes registradas na província de León. As vítimas, bombeiros voluntários, atuavam na contenção das chamas quando foram cercadas pelo fogo. Desde o início de 2025, seis pessoas já morreram no país em decorrência de queimadas.

A situação é crítica: mais de 70 mil hectares foram destruídos apenas nos últimos dias, superando todo o volume queimado em 2024, e totalizando 157 mil hectares no ano. Autoridades alertam para o risco elevado, com 11 incêndios classificados no nível 2 de gravidade e mais de 9.500 pessoas desalojadas. Além disso, estradas e ferrovias foram bloqueadas, e regiões como Galícia, Castilla y León, Comunidade Valenciana e Extremadura formam um preocupante “triângulo de fogo”.
O governo espanhol solicitou ajuda da União Europeia, recebendo aviões de combate a incêndios do Canadáir, emprestados pela França. Especialistas alertam para um novo padrão de incêndios de sexta geração, capazes de alterar o clima local e se propagar por quilômetros em minutos. Fatores como ondas de calor mais frequentes, vegetação seca e ventos fortes têm intensificado o problema.
Em Portugal, quatro grandes focos no norte e centro do país mobilizam centenas de bombeiros, especialmente nos municípios de Arganil e Trancoso. Já na Grécia, 20 mil hectares queimaram neste verão, mas frentes críticas foram controladas. A onda de calor também atinge Itália, Inglaterra e países dos Bálcãs, afetando milhares de pessoas e ampliando o alerta climático para a Europa.
Segundo dados do Centro de Pesquisa Conjunta da UE, 440 mil hectares já foram destruídos no bloco europeu em 2025, o dobro da média histórica para este período. Especialistas reforçam que as mudanças climáticas estão ampliando a intensidade e a frequência dos incêndios na região do Mediterrâneo.
Com informações da MetSul e Terra.