Israel aprovou um plano para capturar todo o território da Faixa de Gaza, prevendo a permanência das forças israelenses por tempo indeterminado, segundo fontes oficiais. A medida, aprovada pelo Conselho de Ministros nesta segunda-feira, amplia significativamente as operações militares no território palestino e deve gerar forte reação internacional.

O plano inclui o deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos para o sul de Gaza, agravando a já crítica crise humanitária após quase 19 meses de conflito. Desde o fim do cessar-fogo em março, Israel intensificou os ataques, assumindo o controle de cerca de 50% do território e suspendendo o fornecimento de ajuda humanitária, como alimentos, água e combustível.
Além da ofensiva militar, Israel busca controlar a distribuição da ajuda humanitária por meio de empresas de segurança privadas, proposta rejeitada pela ONU por violar princípios humanitários. As negociações mediadas por Egito e Qatar seguem estagnadas, com Israel exigindo a derrota total do Hamas e o grupo palestino insistindo no fim da guerra como condição para um acordo.
Desde o início do conflito, mais de 52 mil pessoas morreram em Gaza, incluindo grande número de mulheres e crianças, segundo autoridades locais. Cerca de 90% da população foi deslocada, deixando o território em situação considerada inabitável.