O Exército de Israel realizou nesta segunda-feira (25) um ataque aéreo contra o Hospital Nasser, na Faixa de Gaza, deixando ao menos 20 mortos. Entre as vítimas estão quatro jornalistas identificados como Hussam al-Masri (Reuters), Mariam Abu Dagga, Mohammed Salama e Moaz Abu Taha. Uma socorrista do hospital também está entre os mortos, segundo autoridades locais.

Testemunhas relataram dois bombardeios consecutivos: o primeiro atingiu a área externa, matando o cinegrafista da Reuters, e o segundo ocorreu logo após a chegada de equipes de resgate e outros repórteres. A TV palestina Al-Ghad registrou imagens do momento do segundo ataque.
O Exército israelense confirmou a ofensiva e anunciou a abertura de uma investigação preliminar, afirmando que não tem jornalistas como alvo e que busca “reduzir danos a civis”. Apesar disso, dados apontam que mais de 240 profissionais de imprensa já morreram em Gaza desde o início da guerra, em 2023.
O episódio reacende críticas internacionais à ofensiva israelense, especialmente após investigações revelarem que 83% das vítimas da guerra eram civis, conforme dados de inteligência militar vazados à imprensa. O secretário-geral da ONU, António Guterres, voltou a cobrar um cessar-fogo imediato, mas o premiê Benjamin Netanyahu declarou que a operação continuará mesmo diante de propostas de trégua.