A Copa Carambeí de Futebol de Salão volta ser destaque do Arquivo Vivo do Jornal O Democrata com o bicampeonato do Justiça conquistado nos anos de 1977 e 78. Na primeira edição, o título ficou com a Farmácia Santa Cecília de Mairinque ao derrotar o Grêmio Esportivo Deccache por 3 a 2 na prorrogação após empate no tempo normal por 2 a 2.

Por sinal, surgiu a dúvida de onde era o Deccache e com a informação do amigo Zé Balaio fiquei sabendo que era do Patrimônio do Carmo. Pesquisando no arquivo de O Democarata encontramos.”O Patrimônio do Carmo, situado na região de Sorocarimim, neste munícipio, é um empreendimento arrojado da firma Daccache Empreendimentos com o apoio da Construtora Adolpho Lindenberg.”. Outros detalhes foram passados pelos esportistas Luizinho Saicanga e Tadeu Mangini. O Deccache era formado por jogadores de São Roque e Ibiúna comandados pelo Chola que também destacou-se jogando pelo Justiça, inclusive na conquista do bicampeonato da Copa Carambeí.

A segunda edição da Copa Carambeí ganhou espaço no noticiário desde a informação publicada em 14 de maio com a abertura das inscrições na Comissão Municipal de Esportes. Organizada pela Indústria Têxtil Carambeí, a segunda edição contou com 40 equipes de São Roque, Mairinque, Ibiúna e Alumínio. A primeira rodada disputada na Quadra Municipal com o pontapé inicial dado pelo prefeito Quintino de Lima. O diretor da Carambeí, Vinicio Cesar Pensa, participava diretamente da organização da competição.

A final foi disputada na quarta-feira 10 de agosto, na quadra da Carambeí (Avenida Brasil). Uma verdadeira festa do salonismo de São Roque que registrou a vitória do Justiça diante da Cefri (Mairinque) por 4 a 0, gols de Alemão, Polita, Nelsinho Seben e Zé do Vado. O quinteto da Peterco assegurou o terceiro lugar ao ganhar do Ipiranga. Em quinto, ficou o Danger/Escola Barão de Piratininga. O Democrata publicou a campanha do Justiça: Danger B (9×0), Radar (6×2), Carambeí A (1×0) e Ipiranga (2×1, semifinal) e Cefri (4×0). No elenco, Zeca Louco (Goleiro), Nelsinho, Alemão, Polita, Ricardinho Bresciani, Zé Luiz (Piniquinho), Zé do Vado e a “torcida”. A TorciJus incentivava e botava pressão nos adversários.

Bicampeonato do Justiça

II Copa Carambeí (1978) contou com 38 equipes e os troféus ficaram expostos na vitrine da Loja Carambella (Avenida Tiradentes esquina com a Rui Barbosa – Prédio Pedro Costa). O pontapé inicial foi de Vinicio César Pensa, diretor da Carambeí e da Carambella. Nas semifinais, o Justiça ganhou da Carambeí e o São Roque Veículos superou o Colorado. O Grêmio Carambeí (Greca) terminou em terceiro ao ganhar do Colorado. Curiosamente nestes três jogos o placar foi 3 a 1.

Na grande decisão, O Democrata registrou. “O São Roque Veículos, apontada como equipe surpresa, pressionava. O Justiça parecia nervoso, Gol! Dentro da área? Não o juiz – excelente arbritragem de Badra – consultou o bandeirinha Carmindão e confirmou o gol. Faltando poucos minutos para o término da partida, o Justiça ratificou o feito e marcou mais um. Com esse resultado (2 a 0), deu números finais ao placar. O Justiça, com justiça, tornou-se bicampeão da Copa Carambeí. O técnico do Justiça, João Roberto Lopes (João Pó), prestou uma justa homenagem ao torcedor número 1, sr. Bernardo Mazzoto, entregando-lhe uma medalha de ouro”. A festa ocorreu no Bar Real do Toninho Sanchez (atual Butequim do Cláudio) onde ficavam expostos os troféus do Justiça.

Elenco do Justiça 1978: Zeca (goleiro), Maurinho, Polita, Alemão, Nelsinho Seben, Ricardo Bresciani, Zé Luiz (Piniquinho), Chola e Mário Cachola. O São Roque Veículos contou com Chico Dito (goleiro), Marinho, Gilberto, Filoso, Juca, Renato, Cecílio, Leão e Edson.

Vander Luiz