Londrina enfrenta onda de protestos violentos após morte de jovens durante abordagem policial – O Democrata

A cidade de Londrina, no norte do Paraná, viveu uma segunda-feira (17) marcada por manifestações violentas em diversas áreas. Um ônibus foi incendiado e ao menos quatro avenidas foram bloqueadas com fogo, levando as empresas de transporte público a suspenderem temporariamente os serviços.

Esses protestos, que já duram três dias, tiveram início após a morte de dois jovens, de 16 e 20 anos, durante uma abordagem policial no sábado (15). No domingo (16), um grupo de homens atacou um ônibus com pedras, intensificando as tensões.

Nas manifestações de segunda-feira, a população usou faixas com mensagens como “A favela pede paz” e “Nunca foi confronto, é extermínio”, exigindo justiça e a pacificação da cidade.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, entre 17h42 e 21h45, foram registrados 17 chamados de incêndio, com 12 ocorrências atendidas, em pontos como as avenidas Brasília, Saul Elkind e Guilherme de Almeida. Durante um dos atendimentos, um caminhão de combate ao fogo foi apedrejado e teve o para-brisa danificado. A corporação solicitou apoio da Polícia Militar para enfrentar a situação.

Em um dos incidentes mais graves, um ônibus da linha 103 (Santa Fé) foi incendiado na Rua Ernesta Galvani dos Santos. A Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) informou que ninguém ficou ferido, mas o veículo foi completamente destruído.

O comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Ricardo Eguedis, afirmou em entrevista que quatro pessoas foram presas durante os protestos e que um motociclista ficou ferido devido à violência dos manifestantes. Eguedis também destacou que a PM recebeu apoio de outras unidades e não houve novas ocorrências após a madrugada.

Em resposta aos protestos, o Coronel Hudson Teixeira, secretário de Segurança Pública do Estado, anunciou medidas para identificar os responsáveis pelos danos causados. A estratégia envolve o uso de drones com reconhecimento facial para rastrear os envolvidos. Teixeira também ressaltou que o objetivo principal da operação é pacificar a região e garantir a prestação dos serviços públicos.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) e a Corregedoria-Geral estão acompanhando as investigações sobre a morte dos dois jovens, com um procedimento sendo instaurado pela Regional de Maringá. O secretário de Segurança Pública do Estado também se reuniu com prefeitos da região, incluindo os de Londrina, Cambé e Ibiporã, cidades que também sentiram os reflexos das manifestações. Além disso, operações de segurança estão previstas para acontecer em penitenciárias.

Para garantir a segurança em escolas e Centros Municipais de Educação Infantil, a Guarda Municipal de Londrina recebeu a orientação de reforçar a vigilância.

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