No domingo (14), mais de 40 pessoas morreram em Gaza, a maioria vítimas de bombardeios israelenses no norte do enclave. Hospitais locais confirmaram ao menos 45 mortes e dezenas de feridos, com registros também no sul da Faixa, onde ataques atingiram pontos de distribuição de alimentos.
A ofensiva militar israelense, em curso há mais de um mês, já provocou a destruição de grande parte da infraestrutura e o deslocamento de cerca de um milhão de moradores da Cidade de Gaza. Segundo autoridades locais, o conflito já ultrapassa 64 mil mortos desde outubro de 2023, majoritariamente mulheres e crianças, configurando o que organizações internacionais e relatores da ONU classificam como genocídio.
Enquanto isso, Israel intensifica ordens de evacuação e prepara uma nova operação terrestre para tomar a Cidade de Gaza. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocou reunião com ministros e líderes militares para quinta-feira (18), em meio à pressão sobre o destino dos cerca de 20 reféns ainda mantidos no território.
A situação humanitária se agrava: nos últimos quatro dias, ao menos dez prédios da ONU foram atingidos, incluindo escolas e clínicas usadas como abrigo para milhares de deslocados.