No cenário do mercado financeiro, a presença ou ausência de um diploma universitário pode não ser determinante para o sucesso. Existem duas possíveis explicações para isso:
Em primeiro lugar, os resultados financeiros muitas vezes são influenciados pela sorte, pela oportunidade certa no momento certo. Além disso, o sucesso financeiro não é meramente uma questão de habilidades técnicas; o comportamento e as decisões individuais têm um peso maior do que o conhecimento técnico.
Cada indivíduo possui sua própria perspectiva do mundo. O que pode parecer ilógico para um pode fazer total sentido para outro.
As decisões financeiras são moldadas pelas informações disponíveis e pela visão de mundo única de cada pessoa. Cada escolha financeira é influenciada pelas regras e experiências pessoais.
Sorte
No Brasil, uma pesquisa do Datafolha revelou que 17% dos beneficiários do Bolsa Família afirmaram ter feito apostas ou jogos esportivos online, com 30% deles relatando gastos mensais superiores a R$ 100 nessa atividade. Um terço dos beneficiários mencionou gastos semelhantes em sites de apostas online.
Esse comportamento não é irracional. Na vida real, o agir de forma sensata é mais comum e lógico. No entanto, em finanças, onde se espera que as decisões sejam racionais, as emoções e preferências pessoais sempre vão desempenhar um papel significativo.
Comportamento racional
Assim, os verdadeiros cristãos são chamados a dar valor à razoabilidade. Não podemos achar que seja impossível ser razoável num mundo desorientado. Antes, temos que aceitar o desafio do apóstolo Paulo encontrado em Filipenses 4:5: “Seja a vossa razoabilidade conhecida de todos os homens.”
Alcançar essa racionalidade requer planejamento e a superação do ego. Existem relatos de filhos que dependem dos pais para arranjar empregos, e não é incomum que não só filhos, mas também netos, permaneçam vivendo e dependendo da aposentadoria dos avós.
Possivelmente devido a uma excessiva confiança na sorte ou na vida digital, a próxima geração está cada vez mais dependente da vida regrada da geração anterior. No entanto, ainda há tempo e meios para educar tanto a nós mesmos quanto nossos filhos de forma diferente.