A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox, anteriormente conhecida como “varíola dos macacos”, uma emergência de saúde pública global desde 2022, após o vírus ultrapassar os limites da África Ocidental e Central e atingir diversos países. Embora menos transmissível que a Covid-19, a mpox preocupa devido ao aumento de casos e sua capacidade de mutação.
A infecção, que pode demorar até 21 dias para apresentar sintomas, inicia-se com febre, dores musculares e exaustão, evoluindo para erupções cutâneas semelhantes à catapora. A recuperação geralmente ocorre sem tratamento em semanas, mas idosos, crianças e imunossuprimidos podem necessitar de internação.
Pesquisas sugerem que o vírus se originou em roedores e sofreu mutações que facilitaram a transmissão entre humanos. Apesar da ligação entre 98% dos casos registrados em homens que têm relações íntimas com homens, não há evidências de que a transmissão seja predominantemente sexual. O contato físico próximo é apontado como o principal meio de propagação.
Diferente de vírus de RNA, como o da Covid-19, o mpox tem menor probabilidade de sofrer mutações perigosas, já que é composto por DNA de fita dupla. Entretanto, a suspensão da vacinação contra varíola nos anos 1980 deixou grande parte da população vulnerável. Em resposta, governos estão reabastecendo estoques de vacinas para conter novos surtos.
A OMS alerta que a vigilância é crucial para evitar que o vírus evolua e cause impactos mais severos à saúde global.