Golpes e fraudes bancárias aumentam na região | Policial

Os crimes de estelionato praticados por bandidos na região têm aumentado durante a quarentena. As quadrilhas se aproveitam do aumento das movimentações financeiras via internet, por causa do isolamento social para aplicar golpes e roubar dados de clientes. O aumento desse tipo de crime também está relacionado com o pagamento do auxílio emergencial da Caixa criado pelo governo federal.

Uma mulher registrou um boletim eletrônico de ocorrência nesta terça-feira (26), após ter sido vítima de um golpe com o auxílio emergencial. De acordo com a vítima, ela foi sacar o dinheiro em sua agência da Caixa, quando foi informada que o dinheiro caiu em uma conta em seu nome localizada no estado do Pará, ao procurar uma atendente, descobriu que havia uma conta com nome e CPF idênticos. E ainda, a mulher de 27 também descobriu que havia um cadastro em uma empresa de telecomunicação no mesmo endereço da conta descoberta. Por ter registrada a ocorrência de forma online, a orientação é que a vítima compareça ao Distrito Policial com documentos que comprovem o estelionato, como os papéis bancários e da empresa de telefone.

Também relacionado ao Auxílio Emergencial, uma moradora do bairro do Saboó, em São Roque, relatou que não havia recebido o benefício e foi orientada a aguardar um prazo que o governo está realizando. Ao entrar em contato novamente com o banco na quarta-feira passada (20), foi informada que as duas parcelas do auxílio e do Bolsa Família já haviam sidos sacadas, totalizando R$ 2400,00. A vítima procurou a Delegacia, tendo em vista que não sabia desse cadastro do Bolsa Família realizado em seu nome, que de acordo com o banco está ativo desde janeiro. Ao consultar o cadastro, descobriu que seu nome e CPF estão idênticos, mas os endereço e nome dos pais são divergentes.

Outro golpe muito comum é o trote. Na terça-feira passada (20), um morador do Centro recebeu uma ligação de um “suposto amigo”, informando que seu carro estava quebrado na Rodovia Fernão Dias, próximo à Bragança Paulista e que entrou em contato com a seguradora, que indicou um serviço de guincho com o DDD 62. A vítima disse que não estranhou o DDD apresentado porque seu amigo morava em Goiânia há algum tempo. O suposto amigo pediu para ligar aos “guincheiros” via WhatsApp porque estava sem conexão 3G e pediu para o homem de 63 anos realizar uma transferência bancária, pois foram constatados diversos danos no veículo e seu cartão não estava passando. Orientado pelos golpistas, o homem acabou realizando 7 transferências, totalizando R$ 10 mil reais. O homem tentou retornar as ligações sem sucesso, descobrindo que era um golpe após enviar um e-mail para o amigo de que os bandidos estavam se passando por ele.

Golpes foram aplicados em pessoas de diversas idades

De fevereiro para março, quando começou a quarentena, foi registrado aumento de 44% em ataques de phishing  (links maliciosos que usam o nome dos bancos como isca para fisgar o consumidor e roubar dados e ter acesso a contas bancárias ou cartões de crédito)direcionados ao segmento, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Um morador de Maylasky, de 38 anos suspeitou de uma compra em um site de vendas, na quinta-feira passada (21). De acordo com a vítima, ele estava interessado em comprar uma impressora e conversou sobre o produto com uma vendedora. Após realizar o pagamento através do sistema do site, o homem foi abordado pela vendedora, que pediu seu CPF e data de nascimento para conferir a situação cadastral e não gerou nota fiscal, quando solicitada. Desconfiado, o homem acabou cancelando o pedido e registrou um boletim de ocorrência para evitar uma futura tentativa de estelionato.

Uma senhora de 72 anos registrou um boletim de ocorrência no sábado (23) após ter sido vítima de um golpe praticado por um vendedor de enxoval, na região de Canguera. Segundo a vítima, sua compra deu um total de 400 reais, sendo que ela pagou 200 reais em dinheiro e o restante parcelou no cartão. No momento de parcelar na máquina em 10 vezes de R$ 19,99, o vendedor parcelou 10 vezes de R$ 199,99 e passou os dados do cartão da mulher para uma terceira pessoa, que “efetuaria” a venda.

Um homem de 29 anos registrou um boletim de ocorrência na segunda-feira passada (18) após entrar no aplicativo de seu banco, e descobrir que as duas contas do comércio que trabalha como administrador estavam zeradas. Após entrar em contato com o banco, foi verificado que duas transferências foram realizadas sem seu conhecimento para uma conta desconhecida.

Recolhimento de cartões – um golpe ainda muito praticado

Um idoso de 77 anos foi vítima de um estelionato, que poderia ter gerado piores consequências. Na quinta-feira (21), um homem que se passava por funcionário da Caixa ligou para sua residência, no Centro. A vítima, que possui dificuldades auditivas passou o telefone para sua esposa. As vítimas relataram que o homem pediu para ligar no número de telefone que havia atrás do cartão bancário, para realizar alguns procedimentos, pois foi constatado duas compras em um hipermercado, totalizando R$ 1700,00. Foi solicitado que cortassem o cartão e entregassem o chip para um funcionário que iria até a residência.

Compareceu um homem branco que vestia um traje camuflado, com aproximadamente 1,80m de altura, se identificou como policial federal e portava uma arma na cintura, que a vítima relata ser um revólver de calibre .40. O suposto policial federal alegava estar a pé, porque a viatura estava parada em frente ao local onde se encontra a agência.

Na sexta-feira (22), o casal foi até a agência para saber mais do ocorrido e foram informados que foram realizados alguns saques e compras no valor de R$ 15840,00 e por causa disso, tiveram que comparecer à Delegacia.

A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) recomenda diversas medidas para que os consumidores não caiam em golpes como:

  • Não forneça dados pessoais, senhas e informações sensíveis por telefone, e-mail, redes sociais e aplicativos de comunicação instantânea.
  • Atenção: bancos não solicitam confirmação de dados pessoais relacionados a contas bancárias, senhas e cartões por telefone, SMS, e-mail ou por outros meios.
  • Bancos também nunca enviam ninguém para retirar cartões de crédito. Não os entregue a ninguém. E lembre: para inutilizar o cartão de crédito deve-se cortar o chip no meio, não o plástico.
  • Jamais forneça dados para alguém que se identificar como operador de central de atendimento.
  • Faça controle periódico da fatura do cartão de crédito e do extrato bancário.
  • Mantenha o sistema operacional de seu computador, tablet ou celular sempre atualizado. Além disso, é recomendável instalar programas de antivírus, inclusive, no celular, para o bloqueio de ataques.
  • Evite abrir e-mail e clicar em anexos ou links enviados por desconhecidos.
  • Se desconfiar de alguma solicitação, entre em contato diretamente com a central de atendimento oficial do banco, verifique na página do banco ou com seu gerente.
  • Em caso de perda, roubo ou furto de seu celular, solicite, o mais rápido possível, o bloqueio de seu chip na operadora de telefonia, bem como de cartões de crédito e débito. Registre boletim de ocorrência na polícia.
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