Por que não se deve julgar? | O Democrata

Artigo publicado originalmente no Jornal O Democrata de 02/10/2020

Sabe aquela situação que mexe com as emoções? Ela é o sinal de que a mente observou um cenário e fez um julgamento acerca do que percebeu sobre ele.

Certa vez, um respeitado professor relatou a seguinte história em um grupo de estudos do livro Um Curso em Milagres.

Ele estava dando uma aula a centenas de estudantes universitários e, enquanto falava, pedia que os alunos ficassem em silêncio e aguardassem o final da palestra para fazerem suas perguntas.

Um dia uma jovem entrou e se sentou na primeira fileira da grande sala de conferências. Parecia que tinha algo errado com ela. E de fato, no meio da palestra, ela ergueu a mão e acenou. Tinha uma pergunta. O professor a ignorou, porém isso não a deteve, e ele finalmente interrompeu a aula e a atendeu.

Ela fez a pergunta, ele respondeu, e só então continuou. Pouco tempo depois, ela levantou a mão novamente para fazer outra pergunta. O professor pediu para falar com ela no final da aula. Mas, quando a palestra terminou, a aluna não esperou e deixou a sala rapidamente.

Na aula seguinte lá estava ela de novo, sentada na primeira fileira, e mais uma vez o interrompeu e o encheu de perguntas. Ele não podia acreditar na falta de educação dela! Lutando para se controlar e permanecer educado, ele mais uma vez a atendeu.

Esse padrão continuou por várias aulas seguintes. O professor já não ficava tão perturbado com a presença dela. Conhecia a rotina e estava até começando a se acostumar com ela.

Um dia, no entanto, a aluna não veio. Não apareceu nem na semana seguinte, ou na semana depois.  Intrigado, o professor procurou saber dela e descobriu que aquela jovem quisera desesperadamente participar das suas aulas. E sabe por quê? Ela estava morrendo e sabia que nunca teria outra oportunidade. E a razão da sua ausência repentina foi que ela havia sucumbido à sua doença e falecido.

A questão é que os julgamentos dele sobre o comportamento malcriado e inconveniente da aluna só foram precisos até onde suas informações alcançavam. E ele, provavelmente, não teria se sentido incomodado ou invadido, caso tivesse conhecimento de sua doença.

Esta história exemplifica o que acontece em nossa mente. A percepção dá existência aos fatos percebidos e faz do julgamento um ato de confissão, que traduzem o que pensamos, sentimentos através dos comportamentos que emitimos.

Por isso, antes de julgar, ou reagir a alguma situação que o perturbe, pense que atrás de cada ato existe uma história, da qual você desconhece os fatos. E lembre-se sempre: “Todo ataque é, na verdade, um pedido de amor”.

Fonte da história: Livro “Mente-Vazia à Mente-Plena” de Robert Rosenthal

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