Alerta: perda auditiva aumenta risco de quedas entre idosos | Saúde e Bem-Estar
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Estudo realizado pela National Health and Nutrition Examination Survey revelou que a perda auditiva pode causar o aumento do número de quedas entre idosos. Os pesquisadores ouviram mais de 2 mil pessoas, com idades entre 40 e 69 anos, e constataram que, quanto mais acentuada a perda auditiva, maior a chance de ocorrerem quedas.

Segundo a fonoaudióloga especializada em perda auditiva Dra. Vanessa Fonseca Gardini, isto ocorre, pois, a perda auditiva prejudica o labirinto, órgão sensorial localizado dentro do ouvido, responsável pelo senso de equilíbrio do corpo. “Toda a orientação espacial é controlada pelo labirinto, com o auxílio da audição. Então, qualquer perda auditiva que venha a ocorrer influencia diretamente no equilíbrio, podendo fazer com fique mais fácil se desiquilibrar e cair”, explica a especialista.

Ainda de acordo com o estudo, a probabilidade de ocorrerem acidentes domésticos graves também aumenta, pois as quedas frequentes podem causar traumas que levam a outras sequelas graves. Por exemplo: a mobilidade reduzida, devido a um tombo, pode causar novos acidentes, com consequências mais sérias. Embora as vítimas mais frequentes sejam os idosos, pessoas em qualquer fase da vida, que tenham perda auditiva, também têm maior chance de sofrer quedas.

Dra. Vanessa explica, ainda, que é comum pacientes que sofrem de perda de audição terem a sensação de estar “flutuando”, enquanto caminham. “Muitos pacientes chegam encaminhados por médicos de outras áreas, relatando estarem ‘flutuando’ e sem firmeza enquanto caminham. Ao examiná-los, constata-se que se trata de perda auditiva”, conta.

A fonoaudióloga detalha que este tipo de problema só afeta quem adquire a perda auditiva com o passar da vida, diferentemente de quem nasce com o déficit. “Os surdos congênitos não sofrem de desiquilíbrio, pois o corpo se adapta a estas condições, desde o início da vida”.

A perda auditiva é irreversível, mas seus efeitos, a exemplo do desiquilíbrio causado por ela, podem ser solucionados. Esta correção é feita por meio de um aparelho auditivo. “A partir do momento em que se coloca um aparelho, o paciente relata que, instantaneamente, passa a sentir maior firmeza nos movimentos. O problema desaparece”, diz Dra. Vanessa.

Os aparelhos auditivos são indicados quando há perda auditiva suficiente para dificultar ações cotidianas, como: compreender a fala dos outros, escutar em ambientes com ruídos ou simplesmente caminhar com firmeza. Atualmente, existe uma vasta gama de modelos no mercado. Os mais modernos, como os da Siemens, fazem um mapeamento das frequências sonoras, dando destaque à compreensão da fala e minimizando ruídos externos, como barulhos de buzinas de carros, por exemplo, durante uma conversa. Também existem modelos mais resistentes e a prova d’água, indicados para pessoas que trabalham em ambientes onde possa haver impacto, ou que praticam esportes, como a natação e o futebol.

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