Como o torcicolo congênito pode ser tratado? | Saúde e Bem-Estar
Foto: Kelvin Octa/Pexels

Caracterizado pela contratura involuntária da musculatura do pescoço, o torcicolo costuma aparecer por conta da má postura. No entanto, ele também pode ser congênito, ou seja, adquirido pelo bebê enquanto ainda está no útero. Nesse caso, o diagnóstico será realizado por profissional da área de ortopedia após o nascimento da criança. 

O tratamento para o torcicolo congênito é feito por meio de fisioterapia e osteopatia; já a cirurgia é indicada para as crianças de até um ano de idade que não tenham apresentado melhora. 

Diversas são as formas de abordagem do problema, como destacado no artigo “Torcicolo congênito: avaliação de dois tratamentos fisioterapêuticos”, publicado na Revista Paulista de Pediatria (RPPED). Segundo o estudo, o tratamento inicial é clínico, feito a partir de fisioterapia. Com a abordagem, 90 a 95% das crianças melhoram antes do primeiro ano de vida. 

As chances de cura aumentam para 97% se o tratamento for iniciado antes dos primeiros seis meses de vida. É importante estar atento, pois a fisioterapia tardia pode acarretar complicações como escoliose cervical ou torácica compensatória e dores crônicas. 

Causas e sintomas 

Conforme o Centro de Habilitação Infantil Princesa Victoria, do Sistema Único de Saúde (SUS), algumas hipóteses de origem do torcicolo congênito incluem trauma no parto, mau posicionamento intrauterino, hereditariedade e oclusão venosa. 

A maioria dos casos de torcicolo congênito é percebida pelos pais nos primeiros dias ou meses de convivência com o recém-nascido. Com a contração, um dos principais sintomas é o pescoço do bebê ficar virado para um dos lados, com a cabeça inclinada para o lado do músculo contraído e o queixo apontado para o oposto. Percebe-se também dificuldade com a movimentação da região. 

Especialistas recomendam que os pais observem se o ato de pender a cabeça para um dos lados é recorrente e se vem acompanhado de incômodo. Isso porque o movimento esporádico é normal, já que o corpo do neném está em estruturação. 

Outro sinal de alerta para o problema é a posição em que o bebê dorme. De modo geral, as crianças que têm torcicolo congênito costumam se deitar de lado ou de barriga para baixo, apoiando o lado do pescoço afetado no colchão ou no travesseiro em busca do alívio da tensão. 

Diagnóstico 

O torcicolo congênito é diagnosticado por meio de avaliação clínica depois do nascimento da criança. São feitos alguns exames físicos para analisar a posição e a rotação da cabeça do bebê. A presença de um nódulo pequeno, que tende a desaparecer antes do primeiro ano de vida, também é comum. 

Além disso, o médico responsável pode solicitar a realização de exames para excluir eventuais alterações ósseas e doenças associadas, como a radiografia cervical. 

Durante a gravidez, pode ser feita uma ecografia cervical para verificar a posição em que o bebê se encontra e analisar o risco para torcicolo. 

Tratamento 

Quando o tratamento é fisioterapêutico, os profissionais alongam a região cervical do bebê e massageiam para aliviar a contração do músculo e diminuir o seu encurtamento durante as sessões. 

Geralmente, os responsáveis pela criança participam do tratamento. Para isso, o fisioterapeuta ensina alguns movimentos que devem ser feitos para que os cuidados continuem em casa. Eles também recebem orientações sobre como colocar o bebê na postura certa para ele ficar sentado ou deitado. 

Quando o paciente não apresenta melhora até o primeiro ano de vida, o tratamento cirúrgico pode ser indicado. A operação costuma ser conduzida sob anestesia geral, mas pode ser realizada de forma ambulatorial — com internação e alta no mesmo dia — e consiste na secção da parte cicatrizada do músculo.

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