O cotidiano de diversas populações mundiais foi bruscamente alterado desde que a Organização Mundial da Saúde declarou estar em curso uma pandemia de novo coronavírus.
Nossa rotina é composta pelos ambientes físicos e sociais. No ambiente físico temos as questões da natureza (geografia, plantas, clima…) e das construções (tudo que é transformado pelo homem). No ambiente social temos os relacionamentos, expectativas das pessoas, disponibilidade das pessoas para com o outro, etc.
Com as medidas de isolamento social, essas interações estão restringidas e sofrem adaptações. “É notável um sofrimento social, porém cada um à sua maneira. O sofrimento social se instala em situações de fragilidade que coloca em risco a perda ou a possibilidade de perder algo. Vai muito além da dor física, é o medo de perder a saúde, o trabalho, os desejos, os sonhos e os vínculos sociais. É um sentimento de isolamento social, perda, culpa, humilhação, além dos sentimentos aliados à depressão e ansiedade”, explica Tatiana Doval Amador, Terapeuta Ocupacional e professora dos Cursos da Saúde da Universidade de Sorocaba.
Como uma forma de reinventar o cotidiano, Tatiana cita alguns exemplos do que pode ser feito durante esse período:
Tente definir uma rotina com a família o mais próxima possível da anterior a Pandemia, não esqueça de manter o distanciamento físico também dentro de casa; tenha horários definidos, afinal, não é férias; Respire. Isso mesmo. Feche os olhos, inspire pelas narinas suavemente, e expire lentamente, também pelas narinas; Organize algo em sua casa, pode ser uma gaveta, um cantinho bagunçado, libere espaço, transforme o ambiente; Evite as redes sociais se isso tiver lhe causando mais ansiedade e estresse; Tente incluir atividade física na rotina, seja acompanhar uma aula online, brincar com as crianças, com os animais; Faça um diário, pode ser uma experiência incrível de autoconhecimento; Ouça uma música, leia um livro, olhe para o céu, tome sol; Não discrimine uma pessoa com sintomas do Coronavírus. Lembre-se, poderia ser você.
“Acredite, todos nós somos responsáveis por todos! A vida de cada um é um bem público! Saiba que os terapeutas ocupacionais são especialistas em cuidar das pessoas e seu cotidiano, não hesite em buscar ajuda quando necessário”, completa Tatiana.