O Dia Internacional da Mulher passou e foi marcado por inúmeras homenagens àquelas que dão a luz da vida para todos os seres humanos. Justos tributos praticados por homens, mulheres, crianças, empresas, políticos e toda sorte de amantes e bajuladores das fêmeas de nossa espécie.
Porém o dia foi marcado, também, pela anulação dos processos penais que haviam condenado o ex-presidente Lula. O ídolo de muitos não foi inocentado, é verdade, mas ficou livre para disputar eleições 2022 resumindo o cenário eleitoral à falsa dicotomia: direita x esquerda. Na verdade, dois homens têm condições de vencer, Lula e Bolsonaro. Teremos que decidir entre ambos, a não ser que uma hecatombe aconteça.
No fim, um Ministro do STF, com uma canetada, invalida dois processos. Invalida seis anos de trabalho de centena de funcionários públicos. Quantos milhões foram jogados no lixo com essa decisão? Impossível calcular. E os juízes envolvidos? Dezenas de magistrados que perderam tempo analisando provas e apontando unanimemente para a culpa de Lula foram “anulados”.
Enfim, no Brasil, tudo continua igual. Gente rica e poderosa não vai pra cadeia. Quando vai não fica. O crime compensa. Isso vale para os milionários com colarinho branco e para os ilustres desconhecidos que agridem suas companheiras. Muita gente impune e muita gente dando exemplo de impunidade. Neste oito de março ficou claro que sobream flores e falta justiça nesse país.