Um intenso confronto entre criminosos e policiais militares fechou a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, na altura da Cidade Alta, Rio de Janeiro, na tarde desta quarta-feira (12). Durante o tiroteio, um helicóptero da Polícia Militar foi atingido e precisou fazer um pouso forçado em uma unidade da Marinha, na Penha. Quatro pessoas ficaram feridas, sendo duas baleadas e duas atingidas por estilhaços de vidro.
Confronto violento e bloqueio das vias
Os disparos começaram no início da tarde, forçando o fechamento das principais vias expressas da capital em diferentes momentos. A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro informou que policiais civis e militares estavam em operação nas comunidades de Parada de Lucas e Vigário Geral, após informações de que o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como “Peixão”, estaria escondido no Complexo de Israel.
Durante a operação, criminosos incendiaram um caminhão e bloquearam vias com barricadas, inclusive em uma passarela de trem, dificultando a entrada das forças de segurança. Um ônibus que passava pela região foi atingido por ao menos dois disparos.
Feridos e caos na cidade
Entre os feridos está uma mulher identificada como Kelly, de 45 anos, baleada na perna entre Parada de Lucas e Vigário Geral. Ela foi socorrida por uma vizinha e levada para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha. Outras três vítimas foram atendidas no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, com ferimentos leves causados por estilhaços.
Motoristas e passageiros ficaram presos no congestionamento causado pelo bloqueio da Avenida Brasil. Nas redes sociais, vídeos mostraram motoristas abandonando seus carros e se abrigando atrás de muretas para evitar os disparos. Passageiros de um BRT, desesperados, pediam ao motorista que não parasse o veículo.
Segurança pública e preocupação da população
O porta-voz da Polícia Militar, Maicon Pereira, explicou que o fechamento da Avenida Brasil foi uma medida de segurança. “A Brasil está fechada por um protocolo de segurança”, afirmou.
A população relata medo e insegurança. A dentista Mônica Mayer, que ficou presa no tiroteio, descreveu o momento de tensão. “Os bandidos estão fortemente armados. É desesperador. A cidade parece dominada”, afirmou.
As forças de segurança seguem na região em busca dos criminosos e tentam restabelecer a normalidade no trânsito.