O tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná, na tarde de sexta-feira (7), foi classificado como de categoria EF3 na Escala Fujita, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). Os ventos chegaram a 250 km/h, provocando destruição em larga escala, com cinco mortes confirmadas e mais de 130 feridos.

A Defesa Civil informou que uma das vítimas fatais era de Guarapuava, município vizinho também afetado pela tempestade. As equipes de resgate seguem em atuação na região, onde casas foram completamente destelhadas, imóveis destruídos e postes de energia derrubados.

De acordo com o meteorologista Samuel Braun, do Simepar, o fenômeno foi causado por uma supercélula, tipo de tempestade caracterizada pela formação de um mesociclone — uma corrente de ar giratória dentro da nuvem. Ele destacou ainda que o alto índice de umidade, aquecimento e cisalhamento dos ventos favoreceu a formação do tornado, considerado o mais intenso observado por ele em mais de duas décadas de carreira.
O governo federal anunciou o envio de ajuda humanitária às áreas atingidas. O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou que o governo está em “prontidão total” para apoiar as prefeituras locais e auxiliar na reconstrução das áreas destruídas, em articulação com a ministra Gleisi Hoffmann e os prefeitos da região.
O evento reforça a necessidade de atenção às mudanças climáticas e à intensificação de fenômenos meteorológicos extremos no Brasil, que têm se tornado mais frequentes e severos nos últimos anos.

