O governo de Donald Trump deu autorização secreta à CIA para conduzir operações encobertas e letais na Venezuela, segundo fontes anônimas citadas pelo New York Times. A medida representa uma escalada clara na pressão contra o regime de Nicolás Maduro, abrindo caminho para ações independentes da agência ou trabalhadas em conjunto com operações militares maiores.
Nos últimos meses, os EUA já atuaram com bombardeios a pequenas embarcações no Caribe, alegando combate ao narcotráfico — ataques que teriam deixado 27 mortos e provocado acusações de “execuções extrajudiciais” por parte da Venezuela. A presença militar americana na região também foi ampliada, com cerca de 10 mil soldados mobilizados, navios de guerra no Caribe e planos de escalada interna no país sul-americano.
Não está claro se há operações em curso ou se a autorização tem caráter preventivo, mas o fato é que o governo Trump agora permite que sua agência de inteligência atue de modo mais agressivo contra Maduro, inclusive com uso de força letal. O Congresso dos EUA e especialistas em direito internacional já manifestam preocupações sobre legalidade e transparência.
Importância do tema:
- Marca um salto no perfil da ingerência americana na América Latina, indo além de sanções e diplomacia.
- Coloca em xeque princípios do direito internacional, soberania e limites legais para operações secretas.
- Traz risco de escalada militar com consequências para a estabilidade regional e tensões diplomáticas.