Um Agosto sem abraços e com fé redobrada | O Democrata

Agosto está chegando, mas este ano, pela primeira vez na história de São Roque, o mês não será como os outros. As origens das tradicionais Festas de Agosto nos remetem à metade do século XVII e estão ligadas à história da fundação dessa cidade às margens do rio Carambeí, quando o bandeirante Pedro Vaz de Barros construiu sua casa e ao lado, uma capelinha, onde hoje está a Praça da Matriz, elegendo como padroeiro São Roque por sua devoção.

Para celebrar a data, a cidade recebe atrações variadas que vão desde a missa campal, o enfeite dos tapetes e a procissão de São Roque a aguardados shows artísticos. Nos dias 15 e 16 de agosto a Paróquia de São Roque promove o Episódio das Alvoradas, quando ao nascer do sol a população acorda com uma grande queima de fogos e replicar dos sinos das igrejas locais. Os participantes da Festa são recebidos ao som de uma banda e um café da manhã. Simultaneamente a essa confraternização, o Bando Precatório, composto por crianças e jovens, geralmente meninas, veste-se de branco, caminhando pelas ruas da cidade. Ao percorrer os logradouros, entregam medalhas de São Roque e de Nossa Senhora da Assunção. Essa é uma tradição portuguesa que chegou ao Município também para angariar fundos, sendo que hoje elas distribuem as medalhinhas e convidam o público para a missa campal das 10 horas. No fim da tarde a procissão passa pelos tapetes que enfeitam as ruas centrais e os novos festeiros são anunciados.

Uma tradição de séculos que precisou ser modificada em 2020. Neste ano, com as mudanças provocadas pela pandemia do coronavírus, as celebrações das Festas de Agosto precisaram ser suspensas. Não haverá nenhum evento presencial. Sem quermesse, sem banda, sem bailes, sem missas campais, sem enfeites, sem procissões. Todos unidos pela fé, que é a principal motivação desta celebração, estarão em suas casas, em suas orações, acompanhando a programação online da Igreja.

O calor dos abraços, dos encontros pelas ruas centrais nas duas semanas mais aguardadas do ano para a nossa cidade, precisaram ficar para depois. Assim como já estamos desde março cumprindo o distanciamento social, com este evento não será diferente. É hora de se aproximar da fé e pedir que todo esse mal passe o mais depressa possível, para que muitas festas possam voltar a acontecer.

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