
Já foi chamada pelos antigos egípcios de “planta da imortalidade”, sendo usada por Cleópatra para preservar sua beleza. O gel das folhas cortadas tem propriedades calmantes e curativas, pode ser plantada em: vasos, jardins de pedras e em espaços internos.
Sua forma é de uma planta suculenta, de folhas verdes claras e carnudas, que são compostas por folhas, formando um leque ao redor da base, podendo produzir flores amarelas tubulares e estreitas, em clima quente.

A literatura tem muitos exemplos sobre o poder curativo da babosa (Aloe Vera), e suas aplicações na cosmética, daí o porquê, de sua importância econômica, pois, suas propriedades agradam o ser humano em algumas frentes: sua qualidade de vida; a saúde e a estética.
A partir do século 20, essas propriedades e muitas outras, tiveram comprovação assegurada por centenas de pesquisas científicas nas áreas farmacológicas, clínicas e toxicológicas. Seguindo os resultados destas pesquisas, inúmeras indústrias espalhadas em vários países, incluindo o Brasil, deram origem a um mercado bilionário de processamento da planta, que é hoje utilizada em produtos farmacêuticos, cosméticos e alimentícios, pois é uma planta que apresenta em sua composição, diversos benefícios.

As plantas constituem uma fonte importante de produtos naturais biologicamente ativos, muito dos quais são utilizados em semi-síntese de um grande número de fármacos. Nos aspectos sócio/econômicos, sendo o Brasil um país de dimensões continentais, com uma diversificação climática que vai desde o temperado até o equatorial, e em alguns locais, predominando a textura arenosa, que se assemelha muito às condições do continente de origem da babosa, o continente Africano, espera-se que o cultivo dessa planta seja economicamente viável, para o pequeno e grande produtor.
O Nordeste brasileiro é uma região onde se encontra situada as zonas áridas do país, e a introdução da espécie Aloe Vera em escala comercial, apresenta todo potencial de adaptação pela sua rusticidade e, ao mesmo tempo, oferece uma boa alternativa para o meio rural, já que essa cultura demanda muita mão-de-obra e por representar uma grande fonte de emprego, tanto para a exploração no campo, como para a fase de transformação industrial.

Se possível tenha sempre um vaso com Aloe Vera (babosa), no parapeito da janela de sua cozinha, para que esteja a mão caso você se queime, enquanto prepara a comida. O gel refrescante da planta, irá aliviar a dor da queimadura e reduzir a inflamação, além de favorecer a reconstituição da pele. Evite usar folhas pequenas e muito jovens, pois, os princípios ativos são mais potentes em plantas que tenham pelo menos três anos, então de preferência para as folhas mais velhas. Se preferir comprar uma pomada de Aloe Vera, procure uma que seja certificada pelo Conselho Internacional de Ciência da Aloe (IASC), que garante a qualidade do produto.
Sempre que possível consuma alimentos agroecológicos ou orgânicos, pois são alimentos de origem vegetal ou animal provenientes de sistemas que promovem o uso sustentável dos recursos naturais, produzindo alimentos livres de contaminantes, que protegem a biodiversidade e contribuem para a criação de trabalho e ao mesmo tempo, respeitam e aperfeiçoam os saberes e formas de produção tradicionais.
Silvia Hermida – Bióloga e Produtora Rural
Fonte: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br