Pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália (UNA) desenvolveram um modelo experimental que pode reduzir a intensidade de furacões antes que eles ganhem força total. A técnica, baseada na dispersão de aerossóis em fases iniciais das tempestades tropicais, mostrou que partículas ultrafinas inicialmente intensificam a tempestade, mas criam uma “poça fria” que limita seu crescimento posterior.

Já partículas maiores retardam a tempestade de forma imediata, mas com efeitos menos duradouros. A proposta é intervir antes que o ciclone atinja proporções destrutivas — um desafio técnico que envolve logística e comprovação científica da eficácia.
A costa oeste da Austrália, por ser uma região onde os ciclones se formam longe do continente, pode servir como local de testes. A iniciativa conta com o apoio da startup americana Aeolus, que investe em soluções climáticas de mitigação para furacões.
Com a intensificação dos eventos extremos ligada ao aquecimento global, a pesquisa pode representar um avanço significativo no enfrentamento de desastres naturais. Segundo os cientistas, agir antes que os furacões se formem pode ser a chave para evitar tragédias e reduzir prejuízos crescentes, inclusive no setor de seguros.