Produtos da época – Economia e Qualidade | O Democrata

Quando consumimos alimentos que estão na safra, além da qualidade e possível economia, ainda auxiliamos o meio ambiente. Tendo em vista, que as hortaliças e frutas foram cultivadas em condições climáticas ideais, se desenvolvendo melhor e apresentando assim, uma maior qualidade nutricional e sabor. A economia provém do fato dessas opções alimentares, estarem nas feiras e mercados em maior quantidade, o que em muitos casos, faz com que seus preços sejam mais acessíveis.

Algumas plantas têm seu crescimento favorecido nos meses mais frios e secos. Porém, preparar o solo, enriquecendo com nutrientes, intensificando a adubação, e controlando a irrigação, será primordial para o sucesso de seus cultivos. Consumir produtos livres de agrotóxicos e ricos em nutrientes, além de ser um ganho para a saúde de todos, incluindo o ambiente onde você planta, deveria fazer parte do planejamento familiar, se você não tem como cultivar sua horta, pode verificar o que está na época para adequar seu cardápio, e consumir os alimentos que estão sendo ofertados com maior abundância e com melhor valor.

No inverno as receitas tradicionais trazem diversas sopas, cremes e caldos que acabam ganhando destaque no dia a dia. Os vegetais podem acompanhar e acrescentar sabor e nutrientes aos pratos. As frutas dessa época são ricas em carotenoides e vitamina C, como as frutas cítricas. O milho muito comum nessa época, pode fazer parte de receitas doces e salgadas, é muito nutritivo, ajuda a prevenir o envelhecimento com seus agentes antioxidantes. A batata doce que já faz parte do cardápio de quem é adepto de exercícios físicos, é rica em vitamina A, E, C e do complexo B, fundamentais para o bom funcionamento do nosso organismo. A cenoura, conhecida por ser rica em vitamina A, é essencial para fortalecer a saúde de nossos olhos, também é rica em potássio, sendo uma excelente alternativa para combater as doenças cardiovasculares e controlar a pressão arterial. A Couve além de versátil, e presente em todo tipo de receita, desde sucos, saladas, refogados e sopas, é rica em fibras que auxiliam no funcionamento do intestino, é rica em ácido fólico, vitamina E, C, complexo B e também é fonte de minerais como o selênio, zinco e potássio.

Até agosto teremos uma oferta maior de:

  • Abacate
  • Laranja
  • Mexerica
  • Morango
  • Abóbora
  • Batata Doce
  • Gengibre
  • Inhame
  • Mandioquinha
  • Couve
  • Chicoria
  • Alho Poró
  • Agrião
  • Espinafre
  • Pepino

Em geral, podemos ter uma alimentação mais saudável quando o item produzido não necessita de insumos extras para sua plena produção. Além dos benefícios nutricionais e da segurança alimentar, o consumo sazonal propicia a lei de oferta e procura, pois, se há abundância de um determinado produto, seu valor diminui, trazendo benefícios econômicos ao consumidor, ao mesmo tempo que, quando se consome um alimento fora da sua época de produção natural, seu custo de comercialização se eleva. Por isso, é muito melhor ter em nossa cesta alimentos produzidos dentro da sazonalidade, é bom para seu bolso, seu paladar e sua saúde.

Sempre que possível consuma alimentos agroecológicos ou orgânicos, pois são alimentos de origem vegetal ou animal provenientes de sistemas que promovem o uso sustentável dos recursos naturais, produzindo alimentos livres de contaminantes, que protegem a biodiversidade e contribuem para a criação de trabalho e ao mesmo tempo, respeitam e aperfeiçoam os saberes e formas de produção tradicionais.

O glúten é uma proteína presente no trigo, na cevada e no centeio e, por isso, faz parte das farinhas produzidas a partir desses grãos. O trigo é uma das bases da nossa alimentação, quem não pode ou não deseja consumi-lo, nem sempre encontra produtos seguros com facilidade. Entretanto, existe uma série de farinhas sem glúten que podem ser utilizadas para substituir o trigo, ampliando o número de alternativas disponíveis. 

Algumas dessas farinhas são:

  • Farinha de Arroz
  • Farinha de Milho
  • Farinha de Mandioca
  • Farinha de Grão de Bico
  • Farinha de Amêndoa
  • Farinha de Sorgo
  • Farinha de Linhaça
  • Farinha de Chia
  • Farinha de soja
  • Fécula de Batata
  • Fubá de Milho
  • Polvilho

Alternar a farinha de trigo com outras farinhas sem glúten não é difícil, mas facilita muito saber como se comporta cada uma delas nas receitas. Antes, porém, entenda o papel do glúten na panificação. “Se trata de uma proteína versátil que, bem desenvolvida, forma uma forte rede de retenção de ar e, com isso, cria estrutura. Deixando suas preparações culinárias macias e com uma textura suave.

Por exemplo: As farinhas de amêndoa e grão-de-bico, tem uma composição com maior teor de proteína, assim como as de chia e linhaça, consideradas farinhas complementares. Aprender a fazer um mix de farinhas sem glúten, uma para cada função: estrutura, leveza, umidade e liga, vai definir o sucesso da substituição da farinha de trigo para sua receita.

A farinha de arroz com sabor suave e com preço acessível, é a mais usada por concentrar fibras (principalmente a versão integral), tem baixo índice glicêmico e favorece o funcionamento do intestino. A textura arenosa é um problema que pode ser amenizado com a mistura de outras farinhas. De qualquer maneira, a farinha de arroz costuma ser acrescentada em maior porcentagem, pois auxilia na estrutura da receita, principalmente de pães e bolos. Sugestão: num mix de 100 gramas, combine 50% de farinha de arroz, 25% de fécula de batata e 25% de farinha de polvilho doce.

A farinha de grão de bico é tida como uma das farinhas mais nutritivas, já que oferece uma boa dose de proteína, além de fibras e vitaminas. Contudo, mesmo que ofereça o resultado mais próximo da farinha de trigo nas receitas, não deve ser usada sozinha, por dois motivos: o sabor é muito marcante e falta capacidade de reter umidade nas massas. Sugestão: num mix de 100 gramas, combine 15% da farinha de grão-de-bico, 35% de farinha de arroz, 25% de fécula de batata e 25% de farinha de polvilho doce. 

Faça o teste de absorção de água: cada farinha absorve uma quantidade diferente de água. A variação pode ocorrer até mesmo num mesmo tipo farinha (arroz, por exemplo). Além de saber que tipos de farinha não têm glúten, pessoas com doença celíaca precisam observar o rótulo desses produtos para se certificar de que as alternativas ao trigo, são isentas de contaminação.

Sempre que possível consuma alimentos agroecológicos ou orgânicos, pois são alimentos de origem vegetal ou animal provenientes de sistemas que promovem o uso sustentável dos recursos naturais, produzindo alimentos livres de contaminantes, que protegem a biodiversidade e contribuem para a criação de trabalho e ao mesmo tempo, respeitam e aperfeiçoam os saberes e formas de produção tradicionais.

Silvia Hermida – Bióloga e Produtora Rural

Fonte: www.alimentodeorigem.com.br

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