Anemia: mulheres e crianças são as principais afetadas
Especialistas destacam a importância do diagnóstico e tratamento

A anemia é uma condição na qual o sangue não possui quantidade suficiente de glóbulos vermelhos saudáveis, conhecidos como hemácias, e essenciais para o transporte do oxigênio por todo o organismo. Dessa forma, a redução dessas células provoca a diminuição no fluxo de oxigênio necessário para o funcionamento e manutenção adequados do corpo.

Atualmente, as anemias são um problema de saúde pública amplamente distribuído. Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 30% da população global possui a doença, com maior incidência em mulheres e crianças.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a anemia ferropriva é a mais prevalente, representando até 90% dos diagnósticos. Este tipo de anemia impacta significativamente grupos vulneráveis como crianças, gestantes e mulheres em idade reprodutiva, com 20,9% das crianças de até 5 anos e 29,4% das mulheres brasileiras sendo afetadas.

As anemias podem ser causadas por deficiência de nutrientes e vitaminas essenciais, alterações hereditárias, doenças que afetam a medula óssea ou por perdas sanguíneas (hemorragias). Especificamente, a anemia ferropriva pode ser causada por uma dieta carente em ferro, gestação, práticas inadequadas no manejo do parto e alimentação, condições sanitárias precárias, entre outros.

“É essencial ressaltar a complexidade das causas subjacentes da anemia, que pode ser influenciada por uma variedade de fatores, como deficiências nutricionais, condições genéticas e até mesmo práticas inadequadas no manejo da gestação e do parto. Compreender esses aspectos é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes”, declarou Gabriely Ribeiro, biomédica da Santa Casa de São Roque

Já os sintomas da anemia costumam incluir palidez, fadiga, falta de ar, tontura, unhas quebradiças, falta de apetite, batimentos cardíacos acelerados e vertigem. Na anemia ferropriva, os sintomas podem ser discretos, como fadiga constante, diminuição do apetite, palidez notável nas peles e mucosas, baixa disposição para atividades diárias e dificuldades de aprendizagem em crianças.

O tratamento varia conforme a causa, incluindo, se necessário, suplementos ricos em ferro, vitamina B12, ou até transfusões de sangue. No caso da anemia ferropriva, o foco está na suplementação de ferro e no tratamento das causas subjacentes. Os reflexos da anemia ferropriva na saúde e qualidade de vida são profundos, afetando o aprendizado, a capacidade cognitiva, a produtividade laboral, o desenvolvimento físico das crianças, e podendo estar associada a estados de apatia, baixo peso ao nascer e mortalidade.

O diagnóstico é realizado por um médico, baseado nos sinais e sintomas do paciente e confirmado por meio de exames laboratoriais. Em casos confirmados, o paciente deve ter uma avaliação médica cuidadosa.

“É fundamental compreender a importância dos exames preventivos na detecção precoce de condições como a anemia. Quando a doença é identificada, é crucial seguir rigorosamente as orientações médicas. Os exames laboratoriais são essenciais para confirmar o diagnóstico e determinar o tratamento adequado. Além disso, pode ser necessária a avaliação de um especialista (hematologista) para garantir o manejo adequado da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente”, explica o Dr. Gilberto Kobashikawa, hematologista da Santa Casa de São Roque.

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