Março Azul-Marinho: mês de prevenção ao câncer de intestino
Desenvolvimento da doença pode ser evitado através da colonoscopia – Dr, Frederico Rocha

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, é um dos tipos de tumor mais comuns no Brasil. A estimativa é de 45.630 casos por ano no país no triênio de 2023 a 2025 – esses números representam um risco estimado de quase 21 diagnósticos a cada 100 mil homens e 21,41 a cada 100 mil mulheres. Para conscientizar a população sobre a importância da prevenção, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou a campanha Março Azul-Marinho, que alerta sobre os fatores de risco e principais sintomas.

Prevenção e diagnóstico

Um dos pontos da campanha Março Azul-Marinho diz respeito à prevenção do câncer colorretal, visto que os principais fatores de risco são evitáveis e corrigíveis. Os principais deles, segundo Dr. Frederico Rocha, oncologista do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), são: sedentarismo, sobrepeso e obesidade, alimentação pobre em fibras e rica em carnes processadas, além de tabagismo e alcoolismo. “Podemos avaliar que esses fatores de risco são evitáveis e corrigíveis com hábitos saudáveis. Portanto, mãos à obra. Há também exames que podem ser feitos periodicamente e que ajudam a detectar, mesmo nos estágios mais iniciais, pólipos que podem evoluir para câncer”, explica o oncologista.

O médico salienta que, de modo geral, a orientação é que adultos a partir dos 45 anos devem conversar com seu médico sobre padrões de vida e histórico familiar, a fim de avaliar os riscos para a doença. “A depender dessa análise, o médico poderá orientar sobre a realização de exames de rastreamento, como colonoscopia, retossigmoidoscopia flexível ou colonografia por tomografia e teste para sangue oculto nas fezes”, orienta.

A importância da colonoscopia

Quando se fala em câncer de intestino, o diagnóstico precoce, feito através da colonoscopia, tem grande importância. O procedimento é o mais eficiente para diagnosticar lesões na região intestinal, antes mesmo que elas se tornem cancerígenas, como afirma Dr. Gustavo Rosa de Almeida Lima, colonoscopista do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES).

Dr. Gustavo Rosa de Almeida Lima

“A colonoscopia tem um papel importantíssimo no diagnóstico deste tipo de câncer, uma vez que consegue detectá-lo precocemente, assim como lesões pré-malignas, os chamados pólipos intestinais, mesmo em pessoas sem qualquer sintoma”, explica. Já em pacientes com o diagnóstico da doença, a colonoscopia possibilita o acompanhamento dos casos, marcações de lesões para tratamento cirúrgico e ainda traz conforto em casos paliativos obstrutivos.

Apesar de crucial para a detecção da doença, existe muita desinformação a respeito da colonoscopia. “É um exame indolor. Sendo assim, o paciente não sente nenhum desconforto durante o procedimento, pois estará sob efeito da anestesia”, explica o colonoscopista. Geralmente é indicado quando o paciente apresenta algum sintoma relacionado ao intestino, como sangue nas fezes, dor abdominal, diarreia ou constipação. Mas também pode ser utilizado para rastreio em pessoas assintomáticas.

Sintomas da doença

Apesar de o câncer colorretal apresentar-se como uma doença inicialmente silenciosa e, muitas vezes, sem sintomas aparentes, alguns servem como alerta, tais como: diarreias persistentes, afilamento das fezes, gases, constipação persistente, cólica, presença de sangue nas fezes, além de fadiga, perda de peso sem razão aparente e anemia crônica. “Fique atento, pois, quanto antes o diagnóstico for feito, melhores são as chances de plena cura. É importante frisar que esses sintomas podem ocorrer não somente no câncer colorretal. Por isso é importante a avaliação de um médico caso a pessoa apresente estes sintomas”, indica o oncologista.

Tratamento

Caso seja confirmado o diagnóstico de câncer colorretal, atualmente há diversas possibilidades de tratamentos disponíveis. “No geral, o tratamento inicial mais utilizado é a cirurgia, que irá retirar a região intestinal afetada pelas células cancerosas. As técnicas médicas evoluíram muito nas últimas décadas e esse tipo de cirurgia é muito menos invasivo do que já foi anteriormente. O paciente terá menos desconforto no pós-cirúrgico e se recuperará de forma mais rápida do que ocorria há 15 ou 20 anos”, explica Dr. Frederico. Além da cirurgia, também podem ser empregadas quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e terapias-alvo a fim de destruir as células cancerosas, tanto de forma independente quanto em conjunto com o tratamento cirúrgico.

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