O papa Francisco, de 88 anos, receberá alta médica amanhã (23), após 36 dias internado no Hospital Gemelli, em Roma, para tratar de uma bronquite persistente que evoluiu para um quadro grave. Segundo os médicos, o pontífice poderá continuar o tratamento em casa, utilizando medicamentos via oral, e terá sua rotina limitada por pelo menos dois meses.
Durante o período de internação, Francisco enfrentou duas situações críticas, com risco de morte, mas não precisou de intubação. Nas últimas semanas, apresentou melhoras significativas e está estável há 14 dias. Ele se mostrou ansioso para voltar ao Vaticano, afirmaram os médicos em coletiva.
Após a alta, o papa seguirá para a Casa Santa Marta, sua residência oficial, no Vaticano. Ele deve evitar grandes reuniões e terá de reaprender a falar, além de passar por sessões de fisioterapia para recuperar a voz, comprometida pelo uso prolongado de oxigenioterapia. Mesmo diante das dificuldades, Francisco mantém o compromisso com suas funções e descarta a possibilidade de renúncia.
Amanhã, pouco depois das 12h, o pontífice deve saudar os fiéis na porta do hospital e conceder sua bênção antes de deixar o local. O Vaticano confirmou que o texto do Angelus será novamente compartilhado com os seguidores, como tem ocorrido desde o início de sua hospitalização. Esta será a primeira aparição pública do papa desde 14 de fevereiro, quando foi internado.
A internação prolongada foi causada por uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias, que resultou em pneumonia bilateral e insuficiência renal leve, ambas controladas com o tratamento. Mesmo com os desafios, Francisco está confiante em sua recuperação e, de acordo com fontes próximas, “voltando a ser o que era antes”.
