A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol após deixar o Brasil, dias depois de ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça e inserção de documentos falsos. A decisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes a pedido da Polícia Federal.

A difusão vermelha é um alerta internacional que permite a cooperação entre países para localizar e prender foragidos. No caso de Zambelli, ela passou a ser uma das sete brasileiras na lista, atualmente com 72 nomes. Segundo informações, a parlamentar teria cruzado a fronteira com a Argentina e estaria nos Estados Unidos, mas sinalizou intenção de se mudar para a Itália, onde possui cidadania — o que, segundo juristas, pode dificultar, mas não impedir uma eventual extradição.
Além da inclusão na lista da Interpol, Moraes decretou a prisão preventiva da deputada e determinou o bloqueio de verbas e salários da Câmara dos Deputados. A defesa de Zambelli alegou “perseguição política” e informou que pretende recorrer em instâncias internacionais.
A Interpol já havia rejeitado pedidos semelhantes contra outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, por razões jurídicas e políticas específicas.
Com informações do Congresso em Foco.