O governo do Rio de Janeiro confirmou 121 mortes após a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, considerada a mais letal da história do estado. Segundo o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, entre as vítimas estão quatro agentes de segurança e 117 suspeitos ligados ao Comando Vermelho. Moradores afirmam ter encontrado dezenas de corpos na mata da Serra da Misericórdia, que foram levados para a Praça São Lucas, na Penha.

A operação, que mobilizou cerca de 2,5 mil policiais civis e militares, visava desarticular o tráfico de drogas e prender criminosos de outros estados. O governo estadual prometeu perícia para confirmar se todos os corpos encontrados estão relacionados à ação. Apesar das críticas, o governador Cláudio Castro classificou a operação como “um sucesso”, enquanto a cúpula da segurança pública descreveu as mortes de inocentes como “dano colateral pequeno”.
O caso reacende o debate sobre o uso da força em ações policiais e o impacto das operações de grande escala nas comunidades do Rio.

