A China informou nesta sexta-feira (11), pelo horário de Brasília, que elevará de 84% para 125% as tarifas de importação sobre uma nova lista de produtos norte-americanos. A medida foi anunciada pelo Ministério das Finanças chinês como resposta às recentes ações do governo dos Estados Unidos, que acumula uma taxação de 145% sobre itens chineses, conforme declarado na quinta-feira (10).

Em comunicado oficial, Pequim criticou duramente as medidas adotadas por Washington, classificando as tarifas como “unilaterais, coercitivas e em violação às regras do comércio internacional”. O governo chinês afirmou ainda que tais ações comprometem o bom senso e as leis econômicas básicas.

Paralelamente, a missão da China junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) informou que apresentou uma nova queixa formal contra os Estados Unidos. O protesto foi motivado pela ordem executiva norte-americana, emitida em 10 de abril, que estabelece um novo aumento das chamadas “tarifas recíprocas” sobre produtos chineses.

A intensificação das sanções comerciais entre as duas maiores economias do mundo marca mais um capítulo da prolongada disputa comercial, com possíveis impactos na economia global, nos mercados financeiros e nas cadeias internacionais de suprimento.