O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, durante entrevista na Rússia, que ainda não há prazo definido para a devolução do dinheiro desviado de aposentados e pensionistas no esquema de fraudes no INSS, estimado em R$ 6,3 bilhões. Lula destacou que as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) precisam ser concluídas antes de qualquer medida, ressaltando a importância de apurar responsabilidades com profundidade e seriedade.
Segundo o presidente, a fraude envolve descontos indevidos aplicados por sindicatos e associações nos contracheques dos beneficiários. Lula responsabilizou diretamente a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que a quadrilha foi formada em 2019 e sugerindo possível envolvimento de integrantes do governo anterior. Ele garantiu que aposentados e pensionistas não arcarão com prejuízos, destacando que os bens das entidades envolvidas serão congelados e o dinheiro recuperado servirá para ressarcir os lesados.
A crise já resultou no afastamento de seis servidores e na saída de Alessandro Stefanutto da presidência do INSS, além da demissão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT). Lula reforçou que, apesar das críticas sobre a demora, a prioridade do governo é revelar “a verdade e somente a verdade” ao povo brasileiro.
Com informações do g1.