Duas multas ambientais aplicadas ao empresário Bruno Heller, apontado pela Polícia Federal como o “maior devastador” da Amazônia, prescreveram no final de 2024, totalizando R$ 898 mil em valores atualizados. As autuações foram feitas pelo Ibama em 2008 e 2012, nos municípios paraenses de Novo Progresso e Altamira, respectivamente.
No primeiro caso, Heller foi multado por destruir 370 hectares de floresta nativa sem autorização. No segundo, por descumprir um embargo imposto pelo órgão ambiental. Com a prescrição, as penalidades não precisam mais ser pagas.
Dados obtidos via Lei de Acesso à Informação revelam que, entre 2023 e 2024, o governo federal deixou de arrecadar cerca de R$ 573 milhões em multas ambientais vencidas. A falha na cobrança está relacionada à morosidade nos trâmites administrativos, à escassez de servidores no Ibama e à judicialização recorrente por parte dos infratores.
Bruno Heller foi preso pela PF em agosto de 2023 durante a Operação Retomada. A prescrição de suas multas reacende o debate sobre a eficácia da fiscalização ambiental no Brasil e a impunidade diante de crimes ambientais na Amazônia.
Com informações do Metrópoles.