Vereadores do PSDB abandonam partido e Câmara de São Paulo
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O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) enfrenta uma crise sem precedentes na maior Casa Legislativa do país, a Câmara Municipal de São Paulo. Após uma série de desentendimentos políticos e estratégicos, o partido está à beira de perder todos os seus vereadores na capital paulista.

Anteriormente detentor, juntamente com o Partido dos Trabalhadores (PT), da maior bancada na Casa, com oito vereadores eleitos na última eleição, o PSDB viu sua representatividade minguar drasticamente. Dos oito vereadores, quatro já migraram para outras legendas e os restantes estão prestes a seguir o mesmo caminho nos próximos dias.

A debandada em massa dos representantes tucanos na cidade que é considerada o berço eleitoral do partido é resultado de uma série de desavenças políticas. A crise eclodiu após a Executiva provisória do partido, liderada pelo ex-senador José Aníbal, decidir rejeitar o apoio à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), alinhando-se assim com a nova direção que defende a candidatura própria ou o apoio à deputada federal Tabata Amaral, pré-candidata do PSB na capital.

A recusa em apoiar a candidatura de Nunes, formalizada no último dia 22, serviu como estopim para o esvaziamento completo da bancada tucana. No entanto, a crise já vinha se agravando há meses. Vereadores do PSDB expressaram insatisfação desde o ano passado com a falta de comunicação com a direção partidária e a ausência de uma chapa de vereadores faltando poucos meses para as eleições.

Antes da gestão de José Aníbal, Orlando Faria presidiu o diretório municipal do partido de outubro a janeiro, também se opondo ao apoio a Ricardo Nunes, eleito em 2020 na chapa do ex-prefeito tucano Bruno Covas (1980-2021). Faria alegou razões pessoais para deixar o cargo, mas posteriormente assumiu a coordenação da pré-campanha de Tabata.

Os vereadores tucanos dispersaram-se entre diversos partidos de centro e direita. Aurélio Nomura migrou para o PSD, mesma legenda que deve receber o vereador licenciado e secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Carlos Bezerra Jr.; Beto do Social, hoje suplente de Bezerra Jr., filiou-se ao Podemos; Sandra Santana optou pelo MDB, partido de Nunes; Fabio Riva, líder do governo na Casa, está programado para se filiar ao MDB na próxima segunda-feira; Rute Costa juntou-se ao PL na semana passada, em uma cerimônia que contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). João Jorge, Gilson Barreto e Xexéu Tripoli estão em processo de definição de suas novas legendas.

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