A pressão exercida pelo dólar sobre o real tem sido um tema recorrente nas discussões econômicas recentes no Brasil. A escalada da moeda norte-americana frente à brasileira é cada vez mais intensa, e os reflexos dessa dinâmica têm sido perceptíveis em diversos setores da economia.
A moeda ancorada em recursos como “alguns milhões de toneladas de pólvora”, segue a tendência do bom e velho ouro que bateu recorde, ultrapassando a marca dos US$ 2.300 por onça-troy na última quarta-feira.
Enquanto isso, tanto o Federal Reserve nos Estados Unidos quanto o Banco Central do Brasil adotam posturas cautelosas em relação à política monetária, levando em consideração os desdobramentos econômicos internos e externos. Juros relativamente mais altos nos EUA e mais “barato” por aqui.
Nesse contexto, as LCAs despontam como uma alternativa atraente para investidores que buscam ativos de renda fixa, isentos de imposto de renda para pessoas físicas, e com garantias do FGC (até 250 mil). Com dólar mais alto, exportadores lucram mais e a grande fazenda nacional parece mais atrativa em termos globais.
Os Fiagros, autorizados pela CVM em Ago/2021, entraram para o mercado acionário com objetivo de replicar algumas vantagens dos FIIs, como a isenção de IR, e aparecem como alternativa para quem pode correr um pouco mais de risco.
Para os mais arrojados, empresas exportadoras com capital aberto na Bolsa contam histórias intrigantes, como a Boa Safra (SOJA3), que planeja uma emissão de ações no valor de R$ 200 milhões. Com caixa líquido de R$ 160 milhões e pagando R$ 148 milhões em dividendos para o atuais acionistas, a ação parece fazer pouco sentido, mas é real.
Em suma, a alta do dólar no Brasil não apenas impacta a economia de diversas maneiras, mas também cria oportunidades de investimento. No longo prazo, nada muda, para quem investe sempre independente dos movimentos bruscos do mercado financeiro.