O Arquivo Vivo segue resgatando a Copa Carambeí de Futebol de Salão uma das competições mais importantes de São Roque e região que movimentou dezenas de times entre os anso de 1976 e 84. Organizada pela Indústria Têxtil Carambeí, que tinha o Grêmio o Recreativo Carambeí (Greca), a competição rendeu jogos memoráveis que seguem vivos na memóra de atletas e torcedores.
Nas edições anteriores, o centenário arquivo do Jornal O Democrata proporcionou o levamentamento do título da Farmácia Santa Cecília de Mairinque (1976) e o bicampeonato do Justiça de São Roque (1977 e 78). Os anos seguintes foram marcados pela força do salonismo de Sorocaba com as conquistas da A. A. Faço e Silvestrini Correa.
Em 1979, a Copa Carambeí passou a ser disputado no formato de eliminatória simples (mata-mata) em que cada jogo passou a ser uma decisão. Até então os times eram divididos em grupos.
Todos os jogos foram programados para a quadra de cimento e descoberta da Avenida Brasil ao lado da indústria. A outra opção era a Quadra Municipal, no final da Avenida Marginal, que tinha as mesmas características. O Ginásio de Esportes (Junqueira) foi inaugurado pouco tempo depois, mas mesmo assim a Copa Carambeí prosseguiu na modesta quadra com o ginásio coberto sendo usado eventualmente em jogos adiados por conta das chuvas.

O Justiça chegava com a imponência de ser o bicampeão da competição, mas não vivia uma boa fase e surpreendentemente caiu na primeira fase diante do JOCA (Juventude Católica de Alumínio) ao ser derrotado nos pênaltis por 5 a 4. O Justiça B passou a ser a esperança, mas cruzou com o futuro campeão e perdeu para a Faço (Fábrica de Aço Paulista). Apesar das eliminações precoces, o Justiça teve motivos para comemorar ao ganhar da seleção da competição sem os jogadores que chegaram à final nos pênaltis. No tempo normal, empate em 4 a 4, gols de Ricardinho Bresciani (3) e Maurinho.

O destaque de São Roque foi o Ases que terminou na terceira colocação. O Democrata citou que para os são-roquenses era a primeira colocada. “Sim. Foi porque o campeão Faço e o vice-campeão I.T. Carambeí são compostos somente por jogadores de Sorocaba. Publicou o elenco formado por Luizinho, Bene, Massa, Orlando, Zelão, Paraná, Macarrão, Melinho e João Bueno e a orientação técnica de Bozó com o apoio de Gentil Silveira.

Em 1980, a Silvestrini Correa levantou a taça ao ganhar do Real Sanroquense, equipe comandada por Roberto Calvo de Castro (Roberto da Farmácia) e Vitórinho Tosi. O Real tinha desmontrado o seu poderio já no ano anterior ao conquistar a Copa Joaquim Firmino de Lima (prefeito de São Roque de 1948/51 e vereador) quando superou o São Roque Veículos (vice-campeão da Copa Carambeí de 1978).
O time base jogava com Rodolfo de Lucca Júnior; Berico, Bida, Luizinho Saicanga e Piá. Ganhou o reforço de Paulio Lobo que passou a disputar posição com Piá, que não aceitando a reserva transferiu-se para o Justiça, onde seria campeão da Copa Carambeí de 1982. No elenco de 1980, estavam Zé Garcia, Hipólito de Andrade, Ariovaldo, Zé Garcia, Neyzão Weishaupt e Chico. Paulo Lobo foi o artilheiro com 9 gols.
Vander Luiz