Na madrugada desta terça-feira (11), Moscou foi alvo de um ataque massivo de drones, atribuído à Ucrânia, que resultou em três mortes e 18 feridos, segundo autoridades locais. O bombardeio causou incêndios, danos a edifícios residenciais e paralisou temporariamente a operação de quatro aeroportos da capital russa. Este foi o maior ataque do tipo contra Moscou desde o início da guerra, em 2022.

De acordo com o governador da região de Moscou, Andrei Vorobyov, o ataque começou por volta das 4h da manhã e afetou diversas áreas da cidade e arredores. O Ministério da Defesa da Rússia informou que suas unidades de defesa aérea destruíram 337 drones durante a noite, sendo 91 sobre Moscou, e o restante em outras regiões da Rússia. No total, cerca de 70 drones foram interceptados antes de atingir a cidade.

O Kremlin acusou a Ucrânia de ter como alvo áreas residenciais, uma violação das leis de guerra. A capital russa, com uma população de 21 milhões de pessoas, sofreu danos significativos, com prédios e veículos atingidos pelos destroços dos drones. A infraestrutura de transporte também foi afetada, com a suspensão de voos em Moscou e o fechamento de aeroportos nas regiões de Yaroslavl e Nizhny Novgorod, embora as operações tenham sido retomadas em seguida.

Além de Moscou, outras regiões fronteiriças com a Ucrânia, como Belgorod, Bryansk e Voronezh, também foram atingidas. A estação ferroviária de Domodedovo, ao sul da capital, sofreu danos devido aos destroços dos drones. A situação em várias áreas foi agravada pela falta de energia em algumas localidades de Belgorod.

O ataque ocorre horas antes de um encontro entre representantes da Ucrânia e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na Arábia Saudita, com o objetivo de retomar as negociações de cessar-fogo e buscar uma solução para o conflito que já dura mais de três anos. Até o momento, o governo ucraniano não se pronunciou oficialmente sobre o bombardeio.