A VI Copa Carambeí de Futebol de Salão disputada 1981 teve pelo terceiro ano seguido um campeão fora da região de São Roque demonstrando cada vez mais o interesse pela competição. A Brameitar de Campinas conquistou o título ao ganhar da Supertintas por 3 a 1. Nas edições de 1979 e 80, os campeões foram de Sorocaba com a Faço e Silvestrini Correa, respectivamente. A I Copa Carambeí (1976) foi vencida pela Farmácia Santa Cecília (Mairinque) e na sequência o bicampeonato do salonismo são-roquense com o Justiça (1977/78).

Em 1981, o Jornal O Democrata publicou semanalmente os resultados e detalhes da competição disputada pelo segundo ano seguido no sistema de mata-mata. A novidade foi a publicação em 27 de julho da tabela completa, o regulamento e o histórico do Greca (Grêmio Recreativo Carambeí) resposável pela organização com total apoio da Indústria Têxtil Carambeí e Loja Carambella.
O regulamento determinava que o atleta inscrito em duas equipes “não poderia participar em nenhuma delas (participando estará desclassificada a equipe)”. A organização tinha o poder de vetar “qualquer atleta ou equipe que achar inconveniente ao certame”, sendo proibido “de maneira alguma o veto aos árbitros escalados”. Além disso, o artigo 15 era decisivo: “pertence a comissão organizadora suas decisões que serão irrecorríveis” e ponto final.

A Comissão Organizadora mostrou que o regulamento seria seguindo à risca quando decidir eliminar o Colorado e a Faço. O Colorado ganhou por 2 a 1, gols de Zé Raul e Dudu, mas os jogadores se envolveram em uma briga. O Democrata publicou a reclamação do Colorado assinada por Gentil Silveira em que relata a substiuição do árbitro Mário Inocêncio da Silva aos 18 minutos por Amaral. Celsinho, da Comissão Organizadora, foi o bandeira. A equipe de São Roque alegou que os jogadores e os reservas tiveram apenas o objetivo de evitar consequências maiores depois da troca de pontapé entre dois advesários, “mesmo porque o árbitro Amaral foi ligeiramente agredido”.

Mido e três jogadores da Faço foram expulsos e o jogo suspenso. A comissão eliminou as duas equipes em uma votação por 4 a 2. O Colorado protestou chamando a decisão foi vergonhosa. O presidente da Comissão, Alexis Siegl, respondeu em poucas linhas. “Sentimo-nos em um plano tão elevado para descermos de um lugar tão alto para dar respostas às palavras maledicientes de alguém que não sabe o que diz e escreve”.
A vaga ficou com o Liverpool (atual Coringa). Como registro, na estréia o Liverpool ganhou do Escarlate por 6 a 3 jogando com Claudionor; Paschoal, Marquinho, Benê (3) e Zander (1). Completaram a goleada Reinaldo e Roose.
O Justiça terminou na terceira colocação ao ganhar do Ciclone por 6 a 0, além do goleiro menos vazado (Zamir, 4 gols). No elenco, Zamir, Chico Dito (goleiros), Zéca, Nelsinho Seben, Polita, Izaias Carioca, Botti Mulão, Alemão, João Pó, Paulo Lobo e Wilson. A Torcijus mais uma vez lamentou uma eliminação nos pênaltis quando nas semifinais empatou com a Brameitar por 2 a 2 no tempo normal.
Todos os jogos estavam programados para a Quadra da Carambeí (Avenida Brasil), mas provavelmente por conta das chuvas pelo menos uma rodada foi disputada em Mairinque. Caso do Justiça que eliminou a Sabesp por 2 a 1, gols de Paulo Lobo. O Justiça teve o mérito de eliminar logo na estreia Silvestrini Correa (o atual campeão) por 1 x 0, gol de Paulinho Lobo.

Durante a competição não foram publicados detalhes da equipe de Campinas, mas teve o artilheiro (Valter com 20 gols). O vice-campeão Supertintas contou com Edson (Boi), Vanusa, Kiko, Ednelson, João Bueno, Renato, Landica e Paraná com o técnico Jair Araújo (Jacaré) e representados por Alan Pow. Para chegar à final derrotou os seguintes adversários: São Roque Supermecados (3×2), AMF/Mairinque (3×0), Levpão (2 x 2 e 3×0 nos pênaltis) e Padaria Portuguesa (1×1 e 2×1 nos pênaltis).
Vander Luiz