Cidades do interior, como São Roque, enfrentam desafios únicos em gestão pública e social que diferem significativamente dos enfrentados por grandes metrópoles. Essas cidades, com suas características particulares, oferecem um modelo interessante de como políticas públicas podem ser adaptadas para atender às necessidades específicas de comunidades menores.

I. Desafios e Estratégias em Gestão Pública

Em cidades interioranas, a gestão pública eficaz é essencial para otimizar recursos limitados e garantir serviços de qualidade à população. Um dos principais desafios é a digitalização dos serviços públicos, que, embora essencial para aumentar a eficiência e a transparência, pode ser complicada devido à falta de infraestrutura e recursos. Tomando São Roque como exemplo, diversos serviços da prefeitura, seja para cidadãos ou empresas, são feitos via protocolos online. Isso permite uma comunicação mais assertiva e direcionada, o que facilita a relação entre governo local e os moradores.

Entretanto, essa modalidade de interação online também apresenta desafios de acessibilidade. Nem todos têm acesso fácil a esses sistemas, seja por restrições financeiras, falta de familiaridade com tecnologia, limitações de infraestrutura de internet ou barreiras educacionais.

Para se manter acessível, a prefeitura permanece também com o atendimento presencial. Esse exemplo ilustra bem um desafio, estratégia e uma inclusão para atender toda a população.

II. Gestão Social e Inclusão

No aspecto social, as cidades interioranas também lidam com questões de desigualdade e acessibilidade a serviços básicos. São Roque, como representante dessas localidades, desempenha um papel de foco em programas para ampliar o acesso à educação e saúde, implementando políticas que visam atender especialmente às populações em áreas mais isoladas ou vulneráveis. Programas de capacitação e educação continuada também seriam essenciais para integrar todos os cidadãos no desenvolvimento econômico e social da cidade. Em São Roque, temos um grande espaço de áreas rurais, onde a gestão possui uma abordagem diferenciada. Como atingir todas as famílias residentes na cidade?

III. Colaboração e Participação Comunitária

A participação comunitária é o que faz a gestão pública e social atingir mais famílias, mais comunidades, sendo uma ferramenta muito eficaz em cidades do interior. Líderes de comunidades, associações, organizações não governamentais, podem ser porta-voz dessas comunidades no ambiente político. Incentivar o envolvimento dos cidadãos nas decisões políticas não só fortalece a democracia, como também aumenta a eficácia das políticas implementadas. Em São Roque, existem diversos grupos de apoio a causas sociais, associações de moradores, representantes de bairros, comunidades, entre outros. É necessário fomentar cada vez mais essa participação através de fóruns comunitários, consultas públicas e parcerias com organizações locais.

Conclusão

Embora os desafios sejam significativos, cidades interioranas como São Roque oferecem valiosas lições sobre gestão pública e social. Suas experiências destacam a importância de adaptar políticas para atender às necessidades específicas das comunidades locais, enquanto enfatizam a transparência, eficiência e inclusão como pilares para o sucesso a longo prazo.

Wanderlei Divino Antunes entre outros, é: Contador (CRC 000191161/O-5), Jornalista (MTb Nº 0085052/SP), graduando em Gestão Pública, empresário, síndico e administrador de empresas.