O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu, nesta quinta-feira (6), que os brasileiros deixem de comprar alimentos caros como uma forma de pressionar os vendedores a reduzir os preços. Ele destacou que o governo federal ainda não tomou medidas diretas para conter a alta dos preços, embora esteja estudando opções, como a redução de impostos sobre alguns produtos importados. Lula argumentou que, apesar do aumento da massa salarial e do salário mínimo, isso não justifica a elevação dos preços pelos comerciantes, alertando para a necessidade de responsabilidade em toda a cadeia produtiva e afirmando que ninguém deve explorar o consumidor.

O grupo de alimentos e bebidas foi responsável por um terço da inflação de 2024, com destaque para o aumento de 7,69% nos preços desses itens, enquanto a inflação geral foi de 4,83%. O preço da carne, em particular, teve um aumento de 20,84%, o maior desde 2019. Fatores como as chuvas excessivas nas regiões produtoras de hortifrútis e o aumento do ICMS sobre combustíveis e do preço do diesel também têm pressionado a inflação.
Além disso, as previsões do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2025 continuam em alta, com a expectativa de um fechamento de 5,51%, uma revisão para cima em relação às previsões anteriores, que estavam abaixo de 4%.