A vereadora paulistana Amanda Vettorazzo (União Brasil) apresentou recentemente um projeto de lei que visa proibir a Prefeitura de São Paulo de contratar artistas cujas músicas façam apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas. A iniciativa, apelidada de “Lei Anti-Oruam”, tem como foco principal o rapper Oruam, conhecido por letras que exaltam o crime e as drogas.

Após a divulgação do projeto, Oruam reagiu em suas redes sociais, referindo-se à vereadora com termos pejorativos e incitando seus seguidores, chamados de “Tropa do 22”, a atacá-la online. Em um dos vídeos, o rapper afirmou: “É só tu não falar o meu nome, senão tu vai conhecer o capeta”. Consequentemente, Amanda Vettorazzo passou a receber ameaças de morte e registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil de São Paulo.
A proposta da vereadora gerou debates sobre o uso de recursos públicos para financiar artistas que promovem conteúdos considerados inadequados. Amanda afirmou que, apesar das ameaças, recebeu apoio de diversos vereadores em todo o país, que demonstraram interesse em implementar legislações semelhantes em seus municípios.
O episódio destaca a crescente discussão sobre a responsabilidade do poder público na promoção de eventos culturais e a influência de letras musicais no comportamento social. A “Lei Anti-Oruam” propõe um debate sobre os limites da liberdade artística e a necessidade de critérios na contratação de artistas com recursos públicos.